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Zika ou dengue, qual a pior?

sexta, 29 de abril de 2016

Zikadengue, mosquitos que trazem doenças: os cuidados com a saúde tornam-se cada vez mais necessários – e complicados – a cada ano que passa. As medidas públicas de contenção e tratamento não são páreo para a velocidade das infestações e a informação torna-se a arma mais eficiente para a prevenção das doenças. O mosquito é um só, mas as doenças, apesar de terem sintomas bastante semelhantes, na realidade podem ter efeitos e deixar sequelas bastante distintas. Será que você sabe, realmente, a diferença entre zika e dengue? Será que há uma pior?

2016 já tem 46% a mais de casos de dengue do que 2015
A dengue já é uma velha e indesejável conhecida dos brasileiros desde que reapareceu no primeiro surto na década de 80. Em 2015 foi registrada a pior epidemia e este ano, ao que tudo indica, não deverá ser muito diferente: até a primeira semana de março o Ministério da Saúde já tinha 495.266 notificações de casos prováveis de dengue, nada menos que 46% a mais do que o mesmo período do ano passado.

Como zika e dengue são viroses, os sintomas são bastante parecidos entre si e também com os de uma gripe comum, principalmente se o indivíduo apresentar apenas febre. Na gripe, entretanto, o quadro apresenta ainda secreção pulmonar, dor de garganta, tosse mais persistente e uma dor muscular leve.

Na dengue essa dor é muito mais acentuada, chegando a ser comparada com a sensação de ossos quebrando. Há ainda enjoo, vômito, dor atrás dos olhos, manchas pelo corpo e pode haver sangramentos, no caso da dengue hemorrágica. A febre também costuma ser alta. A taxa de mortalidade é de 0,04%.

Na zika, os principais sintomas são manchas pelo corpo que coçam muito – e nem sempre há presença de febre. Dores musculares e vermelhidão nos olhos são outras características, e pode chegar a ocorrer uma conjuntivite. A taxa de mortalidade também é bem pequena.

Dengue pode causar várias outras doenças
Muita gente nem imagina, mas a dengue pode deixar sequelas, e há várias doenças que podem ser causados pelo vírus, que pode passar diretamente para a corrente sanguínea, atingindo o sistema nervoso central e o cérebro, e ainda provocar uma resposta exagerada do sistema imunológico, fazendo com que os anticorpos em excesso produzidos acabem atacando o próprio organismo.

Dengue hemorrágica
A primeira delas é a dengue hemorrágica, que na maioria dos casos surge quando a pessoa é infectada mais de uma vez pelo vírus. As alterações na coagulação sanguínea causam sangramentos no nariz, olhos, gengivas e ouvidos, pintinhas vermelhas na pele, vômitos, pulso rápido e fraco e o aparecimento de sangue nas fezes.

Desidratação
Durante a dengue é preciso que haja muita ingestão de água para que não ocorra a desidratação, que altera a frequência cardíaca e causa sede, cansaço extremo, fraqueza, dor de cabeça e olhos encovados. A dengue também pode causar problemas no fígado, como hepatite ou insuficiência hepática, que podem chegar a danos irreversíveis. Os sintomas são diarreia, vômito, dores fortes no abdome, náusea, urina escura, fezes claras, pele e olhos amarelados.

Danos cerebrais
A dengue também pode causar danos no cérebro, como encefalopatia, encefalite ou meningite por causa da ação direta do vírus no cérebro e no sistema nervoso, causando inflamações, além de mielite. A Síndrome de Guillain-Barré, que tem sido mais comumente associada à zika, também pode ser causada pela dengue. Os principais sintomas dos danos cerebrais são depressão, psicose, amnésia, irritabilidade, tontura, perda de força em um dos lados do corpo, nos braços ou nas pernas, paralisias, delírio, convulsão e falta de coordenação motora.

Problemas cardíacos e respiratórios
Outros problemas são os cardíacos ou respiratórios, como derrame pleural ou miocardite, que causam faltam de ar, mãos e pés-frios e azulados, dificuldade em respirar, tosse seca, tonturas, dores musculares e dor no peito. Qualquer dos casos deve ser tratado em hospital para evitar o agravamento do quadro.

Porque a zika pode se tornar uma doença grave
Apesar de a zika ser uma infecção benigna, ter sintomas mais brandos que o da dengue e também ter recuperação mais rápida, entre três e sete dias, o vírus do gênero Flavivírus também pode gerar complicações. Isso acontece porque depois da contaminação nem sempre o vírus é completamente eliminado do organismo e pode afetar o sistema imune. Como resultado, algumas doenças podem aparecer semanas e até meses depois da infecção.

No entanto, a doença ainda é cercada de mistérios e são vários os estudos desenvolvidos para tentar entende-la e às suas complicações, principalmente em relação às suas associações mais prováveis:

Microcefalia
A malformação neurológica na qual o tamanho da cabeça é menor que o esperado para a idade, normalmente 32 cm ao nascer tem sido associada à zika por causa do aumento do número de casos em filhos de mulheres que contraíam a doença durante a gestação. Acredita-se que uma alteração no sistema imune permite que o vírus atravesse a placenta e chegue ao bebê impedindo o cérebro de crescer. Aparentemente bebês de mulheres que foram infectadas nos meses finais da gestação têm menos complicações cerebrais.

Síndrome de Guillain-Barré
Apesar de ser considerada rara, também tem sido notificado um aumento no número dos casos em algumas regiões do Nordeste que tiveram ocorrência de zika. Por outro lado, médicos de vários hospitais têm relatado um número acima da média de encefalomielites e encefalites, inflamações na medula e no cérebro, normalmente decorrentes de infecções virais, mas ainda é cedo para afirmar alguma ligação.

Após a infecção, o sistema imune engana-se e começa a atacar as próprias células do sistema nervoso, que deixam de ter a bainha de mielina, justamente a principal característica de Guillain Barré. Dessa forma, meses após a infecção podem surgir formigamentos em algumas áreas do corpo e fraqueza, que evoluem para paralisia da musculatura e da respiração, sendo então fatal.

Lúpus
Há alguns anos a doença auto imune, onde as células de defesa atacam o próprio corpo, foi a causa da morte de um paciente que meses antes havia sido infectado pelo vírus da zika. Apesar de ainda não ser conhecida a real ligação entre as doenças, acredita-se que o vírus fragilize o organismo aumentando a morbidade da doença.

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