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Doenças do coração: conheça os diferentes tipos.

quarta, 09 de março de 2022

O coração é um órgão vital e por isso merece muita atenção e cuidado. Especialmente porque, diferente do que se imagina, existem diferentes tipos de doenças do coração, que vão muito além daquelas mais popularmente conhecidas, como arritmia, angina ou hipertensão, por exemplo.

Assim, as doenças do coração podem ter causas bastante variadas e estar correlacionadas a outros problemas de saúde que, se não tratados, acabam convergindo em problemas cardíacos.

Vamos então conferir quais os tipos de doenças do coração e a importância do cuidado com a saúde cardiovascular é fundamental.

Tipos de doenças do coração

A população brasileira está envelhecendo mais a cada ano, com o aumento da expectativa de vida. Por isso, os cuidados com a saúde, especialmente relacionados às doenças do coração, são imprescindíveis para garantir a longevidade e o bem-estar das pessoas.

A seguir, listamos os principais tipos de doenças do coração e seus sintomas

Hipertensão arterial

A hipertensão arterial, ou pressão alta como é mais conhecida, é uma doença crônica e está entre os tipos de doenças do coração mais comuns, atingindo cerca de 25% da população brasileira.

Esse tipo de doença se caracteriza pelo nível elevado da pressão sanguínea, geralmente registrando valores das pressões máxima e mínima iguais ou superiores 140/90 mmHg (14 por 9). Desse modo, somente é possível obter um diagnóstico de hipertensão com a medição frequente da pressão arterial.

Suas causas geralmente estão associadas a fatores hereditários, consumo de cigarro e álcool em excesso, alimentos com alto teor de sódio e gorduras saturadas, sendo agravada pelo sedentarismo e obesidade.

Sintomas - Geralmente, os sintomas da hipertensão aparecem apenas quando ela sobe muito, podendo ocorrer dores no peito, dor de cabeça, visão embaçada, tonturas, zumbido no ouvido e, em alguns casos, sangramento nasal.

Cardiopatia congênita

A cardiopatia congênita se trata de uma anormalidade na estrutura do coração ou na função cardíaca, que aparece entre as primeiras oito semanas de gestação, que é quando o coração do bebê se forma. A doença se dá através de uma alteração no desenvolvimento da estrutura cardíaca do embrião. Pode ser descoberta no nascimento ou quando a criança estiver maior.

Sintomas - os sintomas da cardiopatia congênita podem variar conforme o tipo. Nos recém-nascidos, costuma apresentar as seguintes características específicas, como coloração roxa na ponta dos dedos ou nos lábios, chamada de cianose; cansaço excessivo enquanto o bebê mama; respiração curta e rápida mesmo em repouso, entre outras.

Em crianças maiores, a cardiopatia congênita se apresenta da seguinte forma

  • - infecções respiratórias frequentes;
  • dificuldade em ganhar peso;
  • coração acelerado e boca roxa após esforços;
  • a criança cansa com facilidade, comparada a outras crianças da mesma idade.

Doença coronariana

A doença isquêmica arterial coronariana (DAC), ocorre por conta da obstrução das artérias coronárias, geralmente causada por pequenas placas de gordura acumuladas em seu interior, num processo de aterosclerose. O infarto do miocárdio, que é uma das principais causas de morte no Brasil, é resultado direto de um quadro grave de DAC.

Sintomas - o sintoma mais comum de uma doença coronariana é a dor no peito causada a partir de um esforço físico, seja ela menor ou maior. Mas a dor no peito causada pela DAC costuma aparecer da seguinte forma

  • sensação de dor com aperto;
  • sensação de queimação;
  • peso no corpo;
  • dor torácica subesternal que irradia para braços, ombros, costas e mandíbulas.

Doença arterial periférica

A presença de placas de gordura na artéria aorta e nas suas principais ramificações leva ao surgimento da doença arterial periférica (DAP). Assim, o estreitamento parcial de uma artéria pode se tornar mais grave devido à formação de um coágulo de sangue, que pode vir a obstruir por completo a artéria afetada.

Sintomas - entre os principais sintomas de DAP estão o cansaço muscular, dor nas nádegas, quadris e panturrilhas ao caminhar, que cessam logo após o esforço físico ser interrompido; a impotência sexual masculina (mais comum em casos de estenose da aorta inferior, das artérias ilíacas e quando há comprometimento da artéria peniana por obstrução aterosclerótica).

Doença cerebrovascular

Conhecida popularmente como AVC (acidente vascular cerebral) ou derrame, a doença cerebrovascular tem como característica principal o déficit neurológico súbito que se origina de uma ocorrência nos vasos sanguíneos do sistema nervoso central. São dois os tipos de AVC: isquêmico e hemorrágico.

O tipo isquêmico é o mais comum, que ocorre a partir da obstrução ou redução brusca do fluxo sanguíneo em uma artéria cerebral, levando a um deficit de circulação vascular. Já o AVC hemorrágico é causado por uma ruptura espontânea, com presença de hemorragia intracerebral ou intraventricular.

Sintomas - o AVC costuma dar sinais como

  • fraqueza ou formigamento na face, braço ou perna, geralmente de um lado do corpo;
  • alteração na visão;
  • alteração na fala ou compreensão;
  • confusão mental;
  • perda de equilíbrio e coordenação;
  • tontura ou alteração no andar;
  • dor de cabeça intensa, súbita e sem causa aparente.

Doença reumática cardíaca

A doença reumática cardíaca (DRC) pode ocorrer em decorrência da febre reumática, que é uma doença inflamatória iniciada através da infecção pela bactéria Streptococcus pyogenes, que pode resultar em no aparecimento de amigdalite e, em alguns casos, leva a uma reação exagerada do sistema imune, prejudicando a saúde do coração e também de outros órgãos.

Sintomas - a reação autoimune da infecção pela bactéria pode causar febre; dor no peito; inflamação cardíaca, sensibilidade, calor, inchaço e dor nas articulações.

Importância de cuidar da saúde do coração

Diferente do que se acredita, as estatísticas apontam as doenças do coração como a principal causa de morte no Brasil, na frente de doenças como o câncer, dos acidentes de trânsito e da violência urbana.

E são duas doenças específicas as que mais matam: a doença arterial coronariana (taxa de mortalidade de 80,02 para cada 100 mil habitantes) e as doenças cerebrovasculares (taxa de 56,58/100 mil).

Esses dados servem para demonstrar a importância de conhecer os diferentes tipos de doenças do coração, suas causas e sintomas, a fim de prevenir e buscar o tratamento adequado, quando diagnosticadas.

Por isso, não deixe de fazer seus exames de rotina e procurar um médico sempre que observar algum sintoma incomum e persistente.

Os benefícios da fisioterapia no tratamento de dores.

segunda, 07 de março de 2022

Muitas vezes, a dor pode se tornar incapacitante e limitar as atividades diárias da pessoa. Nesses casos mais sérios, o tratamento não se restringe a uma única especialidade, devendo ser aplicada uma abordagem multidisciplinar. Aqui, os benefícios da fisioterapia no tratamento da dor tem papel central.

Conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 55% da população mundial convive com algum tipo de dor. No Brasil, a estimativa é de que mais de um terço da população sofra com dores crônicas.

Neste artigo vamos mostrar quais os benefícios da fisioterapia no tratamento de dores crônicas e quais as abordagens mais eficientes para quem lida com o problema. Confira!

Sobre a fisioterapia, sua importância e benefícios

A fisioterapia é um especialidade clínica aplicada ao diagnóstico, tratamento e prevenção das disfunções cinético-funcionais. Ou seja, é uma área voltada ao estudo dos recursos físicos e do movimento corporal.

As atividades que a fisioterapia envolve são exercidas em clínicas, centros de reabilitação, unidades básicas de saúde, academias, e também pode ser realizada em escolas, asilos e empresas. Um exemplo é a ginástica laboral, que faz parte da rotina de algumas organizações como prevenção de Lesões por Esforço Repetitivo (LER), que são a causa de muitos afastamentos do trabalho.

Entre os vários benefícios da fisioterapia, é que este tipo de tratamento também pode ser realizado na casa do paciente, o que se torna a opção mais buscada por pessoas idosas ou em casos onde há perda total ou parcial dos movimentos, dificultando o deslocamento do paciente até a clínica ou consultório.

Como a fisioterapia pode contribuir no tratamento da dor?

A Sociedade Brasileira para Estudo da Dor (SBED), indica que cerca de 40% dos brasileiros lidam com algum tipo de dor crônica, que é aquele em estágio mais avançado, onde o incômodo tende a interferir no cotidiano do indivíduo. Entre as queixas mais comuns dos pacientes, estão as dores de cabeça, dores na coluna (principalmente lombar e cervical) e dores nas articulações.

Mas afinal, como saber se a dor já atingiu o estágio crônico? Caso ela persista por um período de três meses ou mais, este já é um sinal de alerta para procurar ajuda profissional. Ou ainda que a dor se apresente por há menos tempo, mas cause tamanho desconforto que interfira nas atividades mais simples.

Os benefícios da fisioterapia no tratamento de dores crônicas das mais variadas têm se mostrado como uma opção mais eficaz e confiável. Sobretudo nos casos em que a dor se origina de lesões musculoesqueléticas ou de problemas articulares, ela deve ser considerada como parte essencial do tratamento, combatendo o desconforto causado pelas dores persistentes e reduzindo, ou até eliminando por completo, as limitações dos movimentos.

Outro ponto importante da aplicação da fisioterapia é quanto ao uso constante de medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, que agem somente como paliativo, tratando apenas o efeito e não a causa da dor. Além disso, os efeitos colaterais do uso prolongado desses medicamentos podem trazer outros problemas.

A seguir, listamos como a fisioterapia atua em casos de dor crônica

  • - melhora a amplitude dos movimentos;
  • diminui os quadros inflamatórios;
  • aumenta a força muscular;
  • previne e trata deformidades nas articulações;
  • promove a independência na realização das atividades diárias.

Abordagens da fisioterapia para tratamento de dores crônicas

A fisioterapia conta com diversas abordagens para o tratamento da dor, inclusive se valendo, assim como em todas as áreas da saúde, dos recursos tecnológicos para aprimorar a metodologia e os mecanismos de atuação.

Por isso, diversos aparelhos são utilizados para a diminuição dos quadros de dor, e entre os principais podemos citar

  • Ultrassom - é um dos equipamentos mais conhecidos e utilizados pelos fisioterapeutas, atuando na redução das dores pós-cirúrgicas e após traumas e lesões. Seu funcionamento se baseia na estimulação térmica, o princípio de vibração das moléculas no local afetado. O ultrassom também melhora a absorção de nutrientes e possui efeito anti-inflamatório.
  • Laser - através de uma luz amplificada, o laser ajuda a reduzir o tempo de tratamento e acelera a cicatrização de feridas. Na fisioterapia, o laser promove o alívio dos desconfortos quando aplicado nos pontos-gatilho, tendo efeitos positivos músculos, tendões e ligamentos.
  • TENS - a sigla para o termo inglês Transcutane Electric Nerve Stimulation (Estimulação Nervosa Elétrica Transcutânea) se refere à técnica que utiliza pequenos estímulos elétricos nos músculos, sendo recomendada para aliviar dores e reduzir atrofias musculares. Além disso, o TENS possui efeito analgésico, que garante bem-estar e facilita a execução dos movimentos.

Como você pode ver, a fisioterapia é uma especialidade essencial no tratamento das dores, devendo sempre ser considerada em casos crônicos. Além disso, os exercícios podem e devem ser combinados com outras abordagens, principalmente em casos de cirurgia, onde a reabilitação se faz necessária.

Desse modo, pode-se afirmar que a fisioterapia é responsável por devolver ao paciente sua autonomia corporal, tornando possível voltar à rotina mesmo em casos bastante avançados de perda dos movimentos.

Saúde íntima e reprodutiva da mulher: quais cuidados são essenciais?

quarta, 16 de fevereiro de 2022

A saúde íntima e reprodutiva da mulher depende de uma série de fatores, que vão desde os cuidados com a higiene até os aspectos emocionais. Seja por conta de relações sexuais desprotegidas, utilização de produtos de higiene que afetam a microbiota ou mesmo uma alimentação desregrada, a falta de cuidado e atenção com a saúde íntima pode abrir caminho para doenças e, até mesmo, comprometer a fertilidade.

Uma vez que o corpo humano possui uma série de vulnerabilidades, qualquer descuido com a higiene mais básica, e sobretudo nas áreas íntimas, pode levar ao surgimento de irritação, ardência, maus odores e até a presença de fungos e bactérias nocivas à saúde.

Por isso, desde cedo as meninas devem ser orientadas para os cuidados com a saúde íntima e reprodutiva. Isso significa que, mesmo que ainda não tenha iniciado a vida sexual, as adolescentes e jovens devem, sim, visitar um médico ginecologista para receber as orientações necessárias e entender melhor como funciona o organismo feminino.

Porém, o que vemos é justamente o contrário,mulheres que procuram o ginecologista somente após iniciar a vida sexual e, ainda pior, muitas que só consultam o especialista quando surge algum problema, ignorando os exames preventivos, que são fundamentais para a saúde da mulher.

Neste artigo, trazemos algumas orientações sobre os cuidados com a saúde íntima e reprodutiva das mulheres, lembrando sempre que nada substitui o acompanhamento com seu médico de confiança.

Cuidados com a saúde íntima: como fazer a higiene adequada?

Existem diversos fatores que alteram o pH da pele, transpiração, umidade, predisposição genética, anatomia, idade... No entanto, alguns fatores externos também podem influenciar, como uso de produtos detergentes, cosméticos, roupas e alguns antibióticos de uso tópico.

Outra questão importante para a saúde íntima e reprodutiva é o uso de lâminas utilizadas na depilação na região genital, assim como os cremes depilatórios e as ceras, que podem levar ao ressecamento da pele e surgimento de alergias.

Por isso, os cuidados com a higiene íntima são tão importantes, uma vez que quando feitos incorretamente, ou simplesmente ignorados, podem levar a sérios problemas de saúde.

Abaixo, listamos alguns cuidados que toda mulher deve ter com a higiene da região íntima

Lave a região genital de modo adequado

Tanto a falta quanto o excesso de limpeza podem causar problemas. Por isso, lavar a região genital com o uso de sabonete íntimo é o recomendado, mas só deve ser feito uma vez ao dia. Caso haja necessidade de mais banhos, o indicado é utilizar somente água corrente.

Isso porque a vagina produz uma secreção natural que protege a área, e seu odor próprio deve ser mantido. Por conta da falta de informação, muitas mulheres fazem de tudo para manter a região 'perfumada' e evitar as secreções.

Ou seja, nada de duchas internas, nem mesmo depois da relação sexual. O ideal é utilizar produtos de higiene que neutralizam os odores e preservam o pH da região íntima.

Dobre os cuidados com a higiene íntima durante a menstruação

No período menstrual, os cuidados com a higiene íntima devem ser redobrados. Isso significa que as lavagens podem ser feitas mais de uma vez ao dia e o absorvente deve ser trocado com frequência, não ultrapassando o tempo de 4 a 6 horas. Claro que tudo isso depende do fluxo de cada mulher, que pode ser leve, moderado ou intenso.

Uma boa alternativa é utilizar os coletores menstruais, que além de mais higiênicos, proporcionam conforto e segurança para vazamentos. Mas lembre-se de fazer a assepsia correta do coletor.

Use lenços umedecidos

Se puder, troque o papel higiênico pelos lenços umedecidos próprios para higiene íntima. Além de não deixar resíduos como o papel, os lencinhos ajudam a evitar o mau odor e a irritação da pele.

Fatores que influenciam na saúde reprodutiva da mulher

A saúde reprodutiva da mulher está diretamente ligada à saúde íntima e também à saúde sexual. Isso significa que toda mulher tem direito a uma vida sexual prazerosa, mas sobretudo segura, através do uso de contraceptivos e métodos preventivos de Infecções Sexual Transmissíveis (ISTs), como preservativos. 

A liberdade para a escolha de ter filhos ou não também faz parte do conceito de saúde reprodutiva. No entanto, o que se observa é que muitas mulheres ainda não têm acesso às informações necessárias ou, simplesmente, se veem pressionadas pelos padrões da sociedade sobre a maternidade quase como algo obrigatório e sem a necessidade de planejamento e de cuidados com a saúde, em primeiro lugar.

Por isso, os principais fatores que influenciam na saúde reprodutiva das mulheres estão ligados à falta de informação e a uma certa negligência com os cuidados preventivos, como visitas ao ginecologista e exames periódicos de papanicolau, entre outros.

Ou seja, ainda que haja um cuidado com a saúde íntima através da higiene correta, toda mulher deve buscar orientação sobre as ISTs, métodos contraceptivos e realização de exames preventivos.

Saúde mental e o enfrentamento de dificuldades sociais.

segunda, 14 de fevereiro de 2022

Problemas relacionados à saúde mental não são apenas uma questão de saúde em si, pois abrangem outras dimensões de desenvolvimento, sobretudo no aspecto social.

Conforme apontado por especialistas, as vulnerabilidades sociais, o isolamento e os relacionamentos interpessoais possuem uma relação bastante estreita com a saúde mental, especialmente entre os adolescentes e jovens.

Desse modo, pode-se afirmar que a falta de acesso à educação, moradia, alimentação, entre outros, tendem a gerar transtornos mentais como ansiedade e depressão que, consequentemente, acentuam ainda mais as dificuldades sociais, gerando uma espiral de sofrimento.

Além disso, adolescentes que vivem num meio de exclusão social em que são vítimas de bullying tendem a ser ainda mais propensos a desenvolver problemas de saúde mental.

Confira neste artigo como os cuidados com a saúde mental são importantes durante a adolescência e de que forma identificar o problema.

Situações de risco para o desenvolvimento de transtornos mentais

Os hábitos sociais e emocionais desenvolvidos durante a adolescência são cruciais para o bem-estar e a saúde mental. Por isso, jovens que possuem padrões saudáveis de sono, alimentação, atividades físicas e sociabilidade têm menos chances de desenvolver transtornos.

Além disso, ambientes de apoio como família, escola e comunidade também formam uma base que contribui para a saúde em geral, mas sobretudo aquela relacionada aos sentimentos e emoções.

Do contrário, quanto mais exposto a fatores de risco, maior é a chance de um adolescente desenvolver transtornos de ansiedade e depressão, entre outros.

A seguir, listamos os principais fatores de risco que podem aumentar a chance de problemas de saúde mental, especialmente entre os adolescentes

  • - conflitos familiares;
  • desemprego;
  • busca por mais autonomia;
  • alta exposição ao estresse;
  • envolvimento com álcool e drogas;
  • exploração da identidade sexual;
  • ausência de qualidade de vida familiar;
  • problemas de relacionamento na família ou escola;
  • pressão para adequar-se a comportamentos e grupos;
  • uso excessivo de eletrônicos e acesso à tecnologia;
  • exposição à violência e bullying;
  • influência da mídia sobre posição social, padrões estéticos e diferenças de gênero.

Nesse sentido, alguns adolescentes estão em maior risco de desenvolver problemas de saúde mental por conta das condições de vida, além de falta de acesso a serviços de apoio: aqueles que vivem em ambientes mais fragilizados, sob crises humanitárias, os que possuem algum tipo de doença crônica onde o tratamento é dificultado, os que fazem parte de minorias étnicas, órfãos, adolescentes grávidas sem apoio ou condição financeira, entre outros.

Sinais de que a saúde mental pode estar abalada

Existem alguns sinais e sintomas característicos que podem indicar a presença de um transtorno mental. Em geral, eles são muito semelhantes entre adultos e jovens, mas podem ser mais difíceis serem reconhecidos. Por isso, a atenção devem ser redobrada quando surgirem as seguintes manifestações

  • insônia;
  • tristeza constante;
  • humor deprimido;
  • ideação suicida;
  • isolamento social;
  • queda repentina no desempenho escolar
  • agressividade e irritabilidade sem causa aparente;
  • falta de motivação ou desinteresse pela vida e o futuro.

Como prevenir e tratar o problema?

Atender às necessidades de adolescentes com condições de risco para problemas de saúde mental é uma questão de saúde pública, e precisa ser encarado como responsabilidade não somente dos pais, mas de professores e demais pessoas envolvidas no círculo social.

Portanto, o primeiro passo é reconhecer a vulnerabilidade e a predisposição ao problema, e buscar ajuda profissional. As famílias devem ser orientadas para criar um ambiente mais saudável, a fim de evitar condições negativas para a saúde mental do adolescente.

Aliás, a conscientização é um dos pontos cruciais para o sucesso no tratamento e recuperação dos sintomas e para a redução dos riscos que envolvem esse tipo de transtorno.

Existem atualmente alternativas para promover a estabilidade emocional e psíquica de quem procura por ajuda profissional. Dessa forma, o quanto antes essa ajuda for buscada, mais rápido será encontrada uma solução para recuperação do bem-estar e da qualidade vida.

A importância do autocuidado e os benefícios de investir nesta prática.

quarta, 09 de fevereiro de 2022

O autocuidado é um tema que tem ganhado bastante destaque na mídia, especialmente nas redes sociais, onde tantos os profissionais da saúde quanto os influenciadores digitais trazem dicas e recomendações de cuidados que devemos ter para conosco, seja em relação à estética, à alimentação ou mesmo com as emoções.

Mas você sabe, de fato, qual a importância dessa prática e os benefícios que traz para sua saúde física e mental?

Acompanhe o artigo e descubra o que é autocuidado e de que forma voltar a atenção para si mesmo pode ajudar a melhorar diversas áreas da vida.

No que consiste o autocuidado?

"Quem ama, cuida". Essa é uma expressão bastante popular e antiga que, com toda certeza, você já deve ter visto ou ouvido falar. Podemos, então, nos basear no princípio do amor-próprio para começar a entender e definir o que é o autocuidado.

Afinal, amando a nós mesmos - o que deve ser tido como regra e não exceção - é preciso que cuidemos de todos os aspectos de nossa vida. Outro ponto importante é entender que o autocuidado também se refere a impor limites e não permitir que nosso espaço seja invadido.

Para muitos pode parecer egoísmo, mas na verdade, o individualismo quando bem dosado é essencial para que nos mantenhamos saudáveis.

Tipos de autocuidado

  • - Físico

O autocuidado físico está relacionado ao cuidado e atenção que damos ao nosso corpo e nossa saúde física. Esse tipo inclui desde uma alimentação balanceada até as consultas médicas e exames de rotina que devemos fazer.

  • Emocional

O autocuidado emocional tem relação com nossa saúde mental, a busca pelo bem-estar e pelo controle e equilíbrio das emoções. Aqui, faz parte do cuidado a ajuda profissional de um terapeuta ou psicólogo, por exemplo.

  • Social

Humanos são seres sociais, e por isso para nós é importante coexistir num meio onde as relações interpessoais sejam constantes e saudáveis. Portanto, faz parte do autocuidado manter vínculos afetivos, seja com familiares, amigos, colegas de trabalho ou de relacionamentos românticos, desde que nos ofereçam segurança e tranquilidade, obviamente.

  • Espiritual

Diferente do que muitos acreditam, cuidar do espírito não significa necessariamente estar vincula a uma religião. Por isso, o autocuidado espiritual consiste em adaptar uma rotina de acordo com suas próprias crenças e, assim, fazer uma conexão entre "corpo e alma". Isso pode ser feito com meditação, orações, contato com a natureza, ou comparecendo a cultos religiosos, caso seja adepto.

Maneiras práticas de exercer o autocuidado

A dúvida que muitos possuem é: como exercer o autocuidado? A prática do autocuidado vai muito além dos cuidados com a aparência, como se tem visto. Não que isso não seja importante, e é!

Mas quando se trata de zelar pelo nosso próprio bem-estar, é preciso ir além. Vejamos então algumas dicas práticas para exercer o autocuidado em diversos aspectos

Cuidados com a saúde física

  • - exercícios físicos regulares;
  • alimentação saudável, de acordo suas necessidades;
  • cuidados com a higiene diária;
  • cuidados com a beleza e estética;
  • consultas médicas de rotina e check-up.

Atenção à saúde mental

  • reservar momentos de lazer e descanso;
  • fazer acompanhamento com psicólogo ou psicoterapeuta;
  • possuir um hobby ou atividade que traga prazer.

Autocuidado social

  • visitar amigos e familiares;
  • receber pessoas queridas em casa;
  • fazer viagens ou passeios em grupo;
  • participar de atividades ou eventos que tenham a ver com seus interesses pessoais.

Cuidado espiritual

  • Meditar;
  • fazer orações diárias;
  • praticar atividade de contato com a natureza;
  • ir à missa ou culto semanalmente.

Lembrando que estas são apenas algumas dicas de como praticar o autocuidado. Você não precisa aderir a todas elas e deve adaptar cada atividade à sua rotina, principalmente porque o autocuidado consiste em não haver cobranças e obrigações que pesam para você.

Não negligencie o cuidado com você mesmo!

Saber se colocar em primeiro lugar é extremamente importante quando falamos de autocuidado. Para isso, pode ser necessário ter que aprender a dizer não para algumas pessoas e evitar situações de estresse ou que podem causar riscos à sua saúde.

No entanto, sabemos que é muito comum colocar todas as tarefas e obrigações em primeiro plano, e assim acabamos negligenciando o autocuidado e nos colocando de lado para atender a terceiros, seja na família ou no trabalho.

Por isso, vale lembrar que, para cuidar dos outros, é preciso antes que estejamos bem. Assim como numa turbulência aérea, quando as máscaras de oxigênio são liberadas, primeiro precisamos colocá-la em nós e depois em quem está ao lado.

 

 

Desvio de septo nasal e a dificuldade para respirar.

segunda, 07 de fevereiro de 2022

Você já deve ter ouvido alguém reclamar sobre sofrer com desvio de septo. Em condições normais, o septo fica centralizado no nariz. Já quando ocorre o problema, o septo nasal está desalinhado, ou seja, fora do centro. Existem diferentes graus de desvio de septo e, quanto maior o grau, mais dificuldade a pessoa tem para respirar.

Causas mais comuns do desvio de septo

O desvio de septo pode ter diferentes causas. A mais comum é ele ser congênito, ou seja, acompanhar o indivíduo desde o nascimento. Contudo, algumas outras situações podem desencadear o desvio de septo

  • - Hábito de respirar de boca aberta durante a infância;
  • Processos inflamatórios e/ou infecciosos;
  • Indivíduos com alergia crônica;
  • Traumas, principalmente decorrentes de acidentes de automóvel ou durante a prática de algum esporte.

Desvio de septo: além da estética

O desvio de septo pode ou não ser perceptível. Em muitos casos, esteticamente ele não é percebido. Já em outros, o nariz pode parecer torto para um lado ou desviado. A grande demanda das cirurgias para correção de desvio de septo nasal se dá para amenizar e erradicar os sintomas causados.

O desvio de septo pode apresentar sintomas e atrapalhar a vida do indivíduo de muitas maneiras. Os principais sintomas são

  • Dificuldade para respirar pelo nariz;
  • Apneia do sono, distúrbio grave que ocorre durante o sono, quando a respiração do indivíduo para e volta diversas vezes em uma única noite;
  • Cansaço excessivo devido a dificuldade para conciliar o sono e as noites mal dormidas;
  • Ronco;
  • Sangramento pelo nariz;
  • Nariz entupido;
  • Dor de cabeça e/ou no rosto.

O desvio de septo pode, inclusive, desencadear a rinite crônica e/ou a sinusite crônica.

Tratamento para o desvio de septo

Existem duas formas de tratar o desvio de septo, sendo a cirurgia o único modo definitivo de eliminar o problema. Alguns medicamentos podem aliviar os sintomas e trazer certa qualidade de vida ao paciente.

Tratamento medicamentoso

O tratamento medicamentoso deve sempre ser prescrito por um médico após a avaliação do caso. Geralmente é indicado fazer lavagens com água salina e utilizar descongestionantes nasais, antialérgicos ou corticoides.

Irrigações nasais feitas em casa também podem aliviar a constante sensação de nariz entupido. As farmácias oferecem soluções preparadas para essas irrigações, não sendo indicado o uso de água da torneira.

Tratamento cirúrgico

A septoplastia é a única forma definitiva de corrigir o desvio de septo. A decisão pela cirurgia deve ser tomada conjuntamente entre médico e paciente. Nem todas as pessoas são indicadas para o procedimento. O médico é quem irá avaliar os sintomas e indicar ou não a operação.

O cirurgião irá remover a cartilagem ou osso desviado e reconstruir a deformidade, deixando o septo o mais reto possível. A cirurgia deve ser realizada em um centro cirúrgico com o paciente sob anestesia geral. Todo o procedimento leva de uma a duas horas.

Durante o pós-operatório, o paciente deve evitar exposição solar, não utilizar óculos, tomar os antibióticos prescritos e trocar o curativo conforme recomendado. O processo de cicatrização pode levar de 10 dias a um mês e não ficam cicatrizes externas.

Aleitamento materno e as questões que envolvem essa jornada.

quarta, 02 de fevereiro de 2022

O aleitamento materno traz inúmeros benefícios para o bebê e para a mamãe. Engana-se quem pensa que o leite materno é insuficiente para alimentar uma criança: ele é mais do que suficiente e, além de ser a única fonte de alimento necessária até os seis meses de vida, o aleitamento materno também cria um vínculo eterno entre mamãe e bebê.

O aleitamento materno é uma via de mão dupla: o bebê sente prazer em sugar, pois está na fase oral, além de servir como auxílio no desenvolvimento da boca, mordida e sistema respiratório. Já para as mamães, dar de mamar diminui os riscos de hemorragia pós-parto, depressão, cânceres de ovário e mama, doenças cardíacas, anemia e osteoporose, além de melhorar a autoestima e reforçar o vínculo com o filho.

Orientações para a primeira mamada

A primeira mamada pode gerar certo grau de expectativa nos pais, mas é fundamental que a mamãe não fique aflita caso a interação não ocorra como esperado. Tenha em mente que é uma fase de adaptação e ambos estão conhecendo o processo. Algumas dicas para a primeira mamada

  • - Esteja em uma posição confortável para amamentar;
  • A pegada é de fundamental importância, por isso espere que o bebê esteja com a boca completamente aberta para ajudá-lo a pegar o seio;
  • Esprema com carinho a aréola para liberar o leite;
  • Limpe a aréola e o mamilo com o próprio leite;
  • Se não der certo, tudo bem. Interrompa a sucção com o dedo e tente novamente depois.

Como o estômago do bebê é pequeno, ele precisa se alimentar frequentemente. Cada mamada dura, geralmente, entre 20 e 45 minutos e o indicado é a livre demanda. Durante o primeiro mês, o bebê demonstra fome quando começa a chupar o próprio punho ou procurar o seio da mãe. Não espere ele chorar, pois o choro é sinal de muita fome.

Acompanhe o tempo das mamadas (se necessário anote), intercale os seios e também conte as fraldas molhadas.

Empedramento do leite e surgimento de rachaduras: principais cuidados

Ficar com os mamilos doloridos e até mesmo rachados nos primeiros dias de amamentação é bastante comum, por isso a pegada do bebê é de fundamental importância. Mesmo com dor, persista além da primeira semana. Se a dor continuar, um especialista em aleitamento materno deve ser consultado para fornecer uma orientação completa.

  • Principais cuidados com as mamas
  • Posicione o bebê corretamente;
  • Mantenha os mamilos secos. Havendo vazamento de leite, troque o sutiã.
  • Exponha os mamilos ao ar livre e luz solar;
  • Não use produtos que possam retirar a proteção natural do seio, como sabonetes e álcool. Higienize o mamilo com o próprio leite;
  • Evite deixar as mamas muito cheias. Caso estejam muito cheias, retire manualmente o leite antes das mamadas para facilitar a flexibilidade e a pegada adequada.

Leite materno: alimento completo

O leite materno é um alimento completo, por isso o indicado pelos médicos é o aleitamento exclusivo até os seis meses de idade. O bebê que se alimenta do leite materno não precisa de água e nem de outros alimentos durante os seis primeiros meses de vida.

Precisamos derrubar os estigmas de que o leite materno é insuficiente ou fraco. Muito pelo contrário: ele é tudo o que o bebê precisa nestes primeiros meses.

 

Transtorno de Déficit de Atenção: o que é e como diagnosticar?

segunda, 31 de janeiro de 2022

O Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) é uma síndrome, onde a característica principal é a desatenção e a dificuldade em se concentrar. Essa condição costuma aparecer ainda na infância, dificultando a vida social da criança. Pois mesmo que algumas crianças sejam naturalmente mais agitadas, o indivíduo com TDA possui uma inquietação além do normal, que interfere na sua rotina.

Geralmente, o Transtorno de Déficit de Atenção é identificado na fase escolar, uma vez que esse ambiente requer um nível maior de foco e atenção para o aprendizado.

No entanto, o TDA também afeta os adultos, o que significa que a síndrome acompanha a pessoa por todas as fases da vida, se manifestando de forma diferente em cada uma delas, e também em determinadas situações.

Em adultos, o trabalho e o convívio social são as áreas mais afetadas, onde o TDA acaba trazendo consequências e prejuízos que causam um sofrimento significativo.

Principais sinais do Transtorno de Déficit de Atenção

Muitas vezes, o Transtorno de Déficit de Atenção acaba passando despercebido. É bastante comum que pessoas portadoras dessa condição passem a vida inteira convivendo com a síndrome sem serem diagnosticadas. A estimativa é de que cerca de ⅔ das crianças com TDA seguirão com os sintomas durante a fase adulta.Para chegar ao diagnóstico do transtorno, alguns sinais são observados de acordo com o perfil, que pode ser 'desatento' ou hiperativo/impulsivo - nesse caso, caracterizando o Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH).

Tipo desatento

  • - dificuldade em manter a atenção e o foco em uma única atividade;
  • falta de atenção aos detalhes;
  • dificuldade para seguir instruções minuciosas ou concluir uma atividade;
  • não conseguir dar atenção quando lhe dirigem a palavra diretamente;
  • dificuldade de organização e administração do tempo;
  • relutância em realizar atividades que exigem esforço mental prolongado;
  • facilidade em perder objetos (inclusive os de grande valor);
  • distração excessiva;
  • esquecimentos recorrentes, mesmo de atividades corriqueiras e de palavras no meio de uma frase, por exemplo.

Tipo hiperativo/impulsivo

  • constante agitação, quase sempre com a presença de movimentos repetitivos (batendo os pés, mexendo os dedos, enrolando o cabelo...);
  • dificuldade de permanecer sentado ou parado por longos períodos;
  • dificuldade para fazer atividades mais tranquilas, ainda que em momentos de lazer;
  • falar em excesso e interromper as pessoas com frequência;
  • dificuldade de aguardar sua vez nas atividades em grupo;
  • costume de agir de maneira invasiva e impulsiva.

Tipo misto

Geralmente apresenta sintomas de desatenção e hiperatividade ao mesmo tempo.

Além dos sintomas apresentados acima, pessoas com TDA e TDAH podem também se mostrar pouco tolerantes a frustrações, possuir um temperamento explosivo e encontrar dificuldade para se expressar. O indivíduo com déficit de atenção também pode ter como característica o desejo de realizar várias atividades ao mesmo tempo, mudar de planos constantemente e apresentar tendência a compulsões e excessos (comida, bebidas, drogas etc).

Diferenças entre TDA e TDAH

Enquanto o Transtorno de Déficit de Atenção (TDA) se caracteriza pela desatenção, falta de foco e dificuldade de concentração, o TDAH ocorre quando a síndrome vem acompanhada da hiperatividade, conforme os sintomas que listamos anteriormente.

Nesse caso, o indivíduo apresenta impulsividade e dificuldade em conter certas atitudes, sendo inquieto e agitado, física e mentalmente.

Como o TDA se manifesta e evolui em diferentes fases da vida?

Infância - Durante a infância, o TDAH se manifesta através de dificuldades na escola e no relacionamento com os colegas, pais e professores. Geralmente os meninos apresentam mais sintomas de hiperatividade e impulsividade, mas meninos e meninas com TDAH são desatentos.

Adolescência - Na adolescência, o transtorno pode ser caracterizado por dificuldades em lidar com regras e limites.

Fase adulta - Já na vida adulta, surgem problemas com desatenção, falta de memória e impulsividade. Muitos adultos com TDAH têm outros problemas associados, como abuso de drogas, álcool, ansiedade e depressão.

É muito comum também que a predominância dos sintomas mude durante a vida, ou seja, uma criança muito hiperativa pode se tornar um adulto muito desatento.

Diagnóstico precoce: por que é importante reconhecer o TDA o quanto antes?

O diagnóstico precoce do Transtorno de Déficit de Atenção é necessário para que o tratamento também seja realizado o quanto antes. Isso é fundamental para que a pessoa portadora da síndrome obtenha qualidade de vida, com uma rotina mais produtiva e uma vida social saudável.

No caso das crianças diagnosticadas com TDA e TDAH, o tratamento é multidisciplinar, contando com a atuação de profissionais de diversas áreas, como psicólogos, neurologistas e pedagogos, entre outros.

Em alguns casos, pode ser necessário ainda o uso de medicamentos, a depender do grau do transtorno (sobretudo em pessoas com quadro de hiperatividade).

No caso do diagnóstico em adultos, o tratamento é bastante similar, podendo ser feito com medicamentos antidepressivos, psicoestimulantes e abordagem multidisciplinar. No entanto, a terapia é fundamental para ajudar o indivíduo a reconhecer sua condição, fortalecer a autoestima e auxiliar nas questões relacionadas ao trabalho e à vida em sociedade como um todo.

 

Check-up cardiológico: porque é importante e quando fazer.

quarta, 26 de janeiro de 2022

Os problemas no coração costumam ser responsáveis pela maioria das mortes evitáveis. Conforme aponta a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 80% dos fatores causadores de doenças cardiovasculares podem ser modificados através da prevenção. Por isso, o check-up cardiológico é tão importante.

Mesmo quando a pessoa não apresenta sinais de problema cardíaco, alguns fatores de risco podem apontar a necessidade do check-up, seja para identificar problemas pré-existentes ou mesmo para controlar alterações que venham a prejudicar a saúde do coração.

Veja a seguir como fazer um check-up cardiológico e porque ele é fundamental para sua saúde e qualidade de vida!

Fatores de risco que exigem um check-up cardiológico

As doenças do coração costumam ter duas origens bem definidas: a hereditariedade e os maus hábitos. Portanto, com base desses dois aspectos, os fatores de risco para doenças cardíacas se tornam mais visíveis.

Assim, pessoas que possuem histórico familiar de problemas no coração, obesos, fumantes e sedentários, bem como indivíduos com uma rotina de trabalho estressante, devem fazer o check-up cardiológico regularmente.

Além disso, portadores de diabetes, doenças endócrinas, problemas renais e hipertensos também necessitam de acompanhamento com o cardiologista, pois apresentam maior risco de desenvolver um problema no coração.

Vale ressaltar que a idade recomendada para a realização do check-up cardiológico é de 35 anos para os homens e 40 anos para as mulheres. Isso, é claro, considerando um indivíduo saudável.

Pessoas com maior predisposição ou que apresentem sintomas de problema cardíaco devem procurar um especialista para a realização de exames já por volta dos 20 anos de idade.

Principais exames desse tipo de check-up

Ao fazer um check-up cardiológico, o paciente passa primeiramente pela avaliação clínica do cardiologista. Na consulta, ele fará uma investigação sobre as condições gerais de saúde, hábitos alimentares e de rotina, fatores de risco, entre outros.

Feito isso, serão solicitados alguns exames laboratoriais - geralmente de sangue e urina - e exames de imagem que ajudam a identificar possíveis problemas no coração. Entre os principais exames solicitados no check-up estão

  • - Eletrocardiograma - serve para avaliar a atividade elétrica do coração e seu ritmo, analisando a velocidade e quantidade das batidas. Serve para diagnosticar a presença de arritmias e infarto, entre outros;
  • Ecocardiograma - é um exame de imagem que analisa o fluxo sanguíneo, bem como a estrutura e o funcionamento do coração, artérias e válvulas;
  • Teste ergométrico - é utilizado para avaliar como o coração se comporta diante de um esforço, analisando os dados de ritmo, frequência cardíaca e pressão arterial;
  • Holter - serve como complemento ao eletrocardiograma, onde o aparelho deve ficar preso ao corpo do paciente por um período de 24 horas, registrando as possíveis alterações cardíacas.

Quais doenças podem ser prevenidas com o check-up cardiológico?

Ao realizar o check-up cardiológico, é possível prevenir a maior parte das doenças cardíacas. Desde infarto, arritmias, angina e cardiomiopatias, passando por hipertensão, insuficiência cardíaca, arteriosclerose e Acidente Vascular Cerebral (AVC), a realização de consultas preventivas e exames periódicos pode identificar problemas logo na fase inicial, possibilitando um tratamento mais rápido e eficaz.

Doenças do aparelho digestivo: como fazer o diagnóstico?

segunda, 24 de janeiro de 2022

"Tão importante quanto o que comemos é o que absorvemos". Essa frase, dita repetidamente pelos médicos e de autoria desconhecida, caracteriza bem a importância da prevenção às doenças do aparelho digestivo para a saúde do ser humano.

Cuidar da saúde gastrointestinal é essencial para ter uma vida saudável. É por meio do sistema digestivo que os alimentos são processados e os nutrientes absorvidos pelo corpo. Além disso, a saúde do intestino impacta diretamente na saúde mental, já que o órgão é responsável pela produção de grande parte da serotonina.

E cuidar da saúde gastrointestinal inclui o diagnóstico precoce de possíveis doenças do aparelho digestivo. Por isso, neste artigo, vamos falar sobre os principais problemas que podem ser diagnosticados através dos exames de endoscopia e colonoscopia, e como esse diagnóstico é imprescindível para o tratamento precoce e eficaz.

Principais doenças do aparelho digestivo

O aparelho digestivo é um dos maiores e mais complexos sistemas do corpo humano. Muitos órgãos fazem parte deste aparelho, por isso, muitas são as doenças que podem acometê-lo. Para ficar mais claro, é importante levar em consideração que o sistema digestivo inclui boca, esôfago, estômago, intestino delgado, intestino grosso e esfíncter anal, além de estar ligado ao pâncreas e ao fígado.

Diagnóstico com o auxílio da endoscopia

Através da endoscopia, o médico consegue ter uma melhor visão da mucosa do esôfago, do estômago e da primeira parte do intestino delgado, o duodeno. Assim, doenças que acometem esses três órgãos podem ser diagnosticadas através da endoscopia, entre elas

  • - Esofagite (inflamação do esôfago);
  • Refluxo gastroesofágico (quanto o conteúdo do estômago volta, de forma involuntária, para o esôfago);
  • Gastrite (inflamação do revestimento do estômago);
  • Tumores;
  • Sangramentos;
  • Hérnia de hiato;
  • Câncer de estômago.

Diagnóstico através da colonoscopia

Já na colonoscopia, o médico consegue visualizar o intestino grosso e o último pedaço do intestino delgado, o íleo terminal. Através deste exame é possível identificar

  • Pólipos intestinais (células que crescem desordenadas dentro do intestino);
  • Câncer de intestino;
  • Doenças inflamatórias do intestino delgado e grosso, entre elas a colite, a síndrome do intestino irritável, Crohn e a diverticulite;
  • Varizes.

A colonoscopia é solicitada pelo médico quando há uma mudança brusca no funcionamento do intestino ou devido ao aparecimento de alguns sintomas, como diarreia frequente e sangramentos. Contudo, a partir dos 50 anos, fazer o exame de colonoscopia rotineiramente é indicado pelos médicos para diagnosticar precocemente o câncer de cólon, que pode atingir o intestino, o cólon e o reto.

Doenças do aparelho digestivo e a importância do diagnóstico precoce

A endoscopia e a colonoscopia são exames que caminham juntos quando o assunto é o diagnóstico precoce de doenças do aparelho digestivo. Através deles, os médicos conseguem uma melhor visualização dos órgãos deste sistema tão grande e complexo.

Muitos indivíduos têm receio ou até mesmo medo de fazê-los, mas eles são exames essenciais para a identificação de doenças que, sem tratamento, podem levar a morte.

O diagnóstico precoce das doenças do aparelho digestivo é imprescindível para que o médico possa auxiliar o paciente com o melhor tratamento. Inclusive, muitos médicos solicitam a realização da endoscopia e da colonoscopia juntas para ter uma melhor visão de todo o sistema digestivo.

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