Quando consultar o oftalmologista?
Dor de cabeça, coceira nos olhos, lágrimas em excesso, tonteira e até náuseas: pode ser a hora de consultar um oftalmologista. Sim, porque por mais incrível que pareça, esses sintomas podem estar relacionados à deficiência visual. Nas crianças, o quadro pode incluir dificuldade de aprendizagem e falta de vontade de ir à escola, pois ela não consegue enxergar direito o quadro ou ler de forma confortável os estudos. A consulta ao oftalmologista, o especialista responsável por diagnosticar e tratar as doenças dos olhos e promover a saúde ocular, deve ser preventiva e ocorrer regularmente, independentemente de haver ou não algum sintoma.
Consultas ao oftalmologista devem ser regulares desde cedo
Para quem já tem algum problema ocular ou simplesmente já passou dos 40 anos, a consulta deve ser anual. De acordo com o Conselho Brasileiro de Oftalmologista, 40% dos brasileiros acima de 60 anos, mesmo sem qualquer predisposição, pode desenvolver problemas nos olhos.
Mas, não se engane! Eles podem aparecer em pessoas de qualquer idade, até em recém-nascidos. Por isso, o ideal é fazer um cronograma de consultas que começam logo no primeiro mês de vida, com o Teste do Olhinho. Esse exame, de fundo do olho, é capaz de detectar precocemente diversas alterações oculares.
Crianças e adolescentes também precisam de atenção, principalmente porque geralmente não conseguem identificar sozinhos o problema. O ideal é levá-los uma vez por ano ao oftalmologista para exames de rotina, mas é preciso ficar atento a sinais como dores de cabeça constantes, mau rendimento nos estudos, vermelhidão ou coceira nos olhos.
Nos adultos e jovens, os sintomas também são bem parecidos: além da dor de cabeça, ardência, olhos ressecados ou lacrimejo constante. Pode ser a hora de se livrar dos óculos fazendo uma cirurgia refrativa. Conforme a idade vai avançando, o problema tende a ser mais comum, geralmente apresentando efeito embaçado. É a hora de fazer a verificação do glaucoma e da catarata, e o exame de fundo de olho para diagnóstico e tratamento das doenças da retina.
Conheça as principais doenças que podem atingir os olhos
Muitas já são velhas conhecidas da população, como a miopia (dificuldade de enxergar de longe), a hipermetropia (dificuldade de enxergar de perto) e o astigmatismo (má formação da córnea ou do cristalino, a lente natural do olho, que desvia a luz de forma incorreta deixando a imagem fora de foco). Elas podem aparecer em qualquer idade.
Mais comum a partir dos 50 anos, a catarata é a perda de transparência do cristalino que, opaco, começa a fechar a visão. A catarata é a maior causa de cegueira no mundo, com 120 mil novos casos anuais no Brasil, mas é reversível através de cirurgia. Estima-se que 350 mil pessoas fiquem cegas por causa da catarata no país todos os anos.
Já o glaucoma, também mais comum a partir dos 40 anos, é causado pela diminuição da drenagem do humor aquoso, uma substância que fica dentro do globo ocular e que quando não é drenada de forma suficiente acaba fazendo pressão e danificando o nervo óptico. A prevenção do glaucoma deve ser feita a cada 12 meses, mas quem tem histórico familiar da doença deve procurar o oftalmologista para fazer o acompanhamento a cada 6 meses.
Entre as doenças oculares mais comuns há ainda a conjuntivite, que é a inflamação viral ou bacteriana da conjuntiva, a membrana que faz o revestimento do globo ocular; e a presbiopia ou vista cansada, que é a dificuldade de enxergar de perto. Ela também é mais comum a partir dos 40 anos por causa da perda de elasticidade e do poder de refração do cristalino.
Cuidados com seus olhos
Mesmo frequentando o oftalmologista regularmente, alguns cuidados devem ser tomados na sua rotina diária:
1 - Lave bem os olhos todos os dias, principalmente quem usa maquiagens e cremes faciais. Evite que qualquer produto químico corra o risco de escorrer para os olhos.
2 - Quem trabalha com computador deve prestar atenção para ficar a cerca de 50 cm da tela. Além disso, a cada hora de trabalho faça 5 minutos de descanso dos olhos.
3 - Não use nenhum colírio sem prescrição médica, mesmo que pareça inofensivo ou natural. Jamais use o colírio receitado para outra pessoa porque o seu caso pode ser diferente e o produto pode agravar a situação. Apenas o oftalmologista pode indicar o melhor colírio para cada caso.
4 - Quem usa lentes de contato deve prestar muita atenção à higiene diária e aos prazos de uso contínuo indicados pelo fabricante.
5 - Já quem é sensível à luminosidade e aos raios ultravioleta deve usar óculos escuros mesmo em dias nublados. Eles devem ser de boa qualidade e trazer lentes com filtro UV adequado.
Quer saber mais sobre doenças oculares? Compartilhe conosco a sua sugestão e em breve responderemos!