O que faz um coloproctologista?
O coloproctologista é um médico bastante parecido com o ginecologista e o urologista, pois cuida de partes delicadas do nosso corpo: intestino grosso, ânus e reto. Por isso, a consulta costuma ser vista com certo receio com alguns. No entanto, é fundamental descobrir, prevenir e tratar as doenças que acometem essas partes.
Tumores e as inflamações intestinais são doenças perigosas que, quanto antes forem diagnosticadas, maior é a eficácia do tratamento e as chances de cura. Justamente por essa razão que os exames preventivos são essenciais. Saiba quando você deve procurar este especialista e como é feita a consulta.
Observar o próprio corpo facilita o diagnóstico precoce
Observar o próprio corpo é essencial para evitar doenças ou o seu agravamento, recorrendo à consulta médica sempre que perceber alguma fora do normal. O coloproctologista, por exemplo, deve ser procurado sempre que você perceber presença de sangue nas fezes, qualquer tipo e qualquer quantidade de sangramento anal, ardência ou coceira anal, diarreia persistente ou dificuldade de evacuar, dor ou cólica abdominal sem motivo aparente e/ou se houver histórico de câncer colorretal na família.
Há uma série de doenças e distúrbios que são tratados pelo coloproctologista. Os mais comuns são a Doença de Crohn, a retoculite ulcerativa, a diverticulite, o câncer colorretar, e as doenças do ânus, como hemorroidas, fístula e fissura anais. O coloproctologista também trata pólipos intestinais, diarreia crônica e constipação intestinal, doenças venéreas do ânus e do reto (sífilis, condilomas), hemorroidas e absessos anais, por exemplo.
Tratamentos estão cada vez menos invasivos e mais confortáveis
Os tratamentos hoje são bem diferentes daqueles de há alguns anos, já que evoluíram bastante com o passar do tempo. A THD (Transanal Hemorrhoidal Dearterialization), por exemplo, é minimamente invasiva e indicada para a intervenção em hemorroidas. O pós-operatório ficou muito menos dolorido com a nova técnica.
Já a cirurgia de single port ou videolaparascopia faz um único corte pela cicatriz umbilical. Empregada na terapia de diversas doenças intestinais, ela tem recuperação muito mais rápida do que a técnica antiga, de múltiplos cortes abdominais.
Coloproctologista e urologista são especialidades bem diferentes
Hoje muita gente ainda confunde as duas especialidades, por isso é bom saber a diferença entre ambos os profissionais. Como já dissemos, o coloproctologista – ou simplesmente proctologista – trata as patologias relacionadas ao intestino grosso, ânus e reto; já o urologista trata daquelas relacionadas ao sistema urinário (rins, bexiga, ureter e uretra) e do sistema reprodutor masculino (pênis, próstata, canal deferente, testículos e vesículas seminais).
A confusão geralmente se dá, no entanto, devido a um procedimento em comum, que é o toque retal, que o urologista também faz por causa do exame de próstata. Apesar dos avanços da medicina, a sensibilidade humana ainda é a melhor forma de perceber o volume e a textura da próstata, cujo melhor acesso é através do teto do reto.
Exames preventivos são fundamenais depois dos 40 anos
Para homens e mulheres, o risco de desenvolver câncer colorretal aumenta significativamente após os 40 anos. A doença tem como principal característica se desenvolver através de pequenos pólipos na parede do reto ou do cólon, que são pequenas elevações que crescem muito lentamente, podendo levar anos para tornarem-se malignos. Se identificados através dos exames preventivos, podem ser retirados através colonoscopia antes de se transformarem em tumores malignos.
A colonoscopia permite uma visão em alta definição do intestino, não apenas diagnosticando, mas também tratando o câncer colorretal através de acessórios de tecnologia de ponta agregados ao aparelho que permitem a retirada dessas pequenas lesões pré-cancerígenas. O procedimento é minimamente invasivo e a recuperação é bastante rápida.
País deverá ter mais de 34 mil novos casos de câncer colorretal em 2016
Um dos tipos de câncer mais comuns no mundo, o colorretal, é o quarto tipo mais frequente no Brasil. De acordo com os dados do Instituto do Câncer (Inca), em 2016 deverá ter cerca de 16,6 mil novos casos em homens e 17,6 mil em mulheres. Ainda de acordo com o Inca, a doença está intimamente relacionada ao envelhecimento e entre 30% e 40% da população acima de 50 anos têm pólipos no intestino.
Na fase inicial, a doença não apresenta sintomas. Por isso, o acompanhamento médico e os exames preventivos são tão importantes. Apenas na fase mais avançada ela pode surgir com sangramento nas fezes, anemia e fraqueza. A consulta ao coloproctologista e a colonoscopia são altamente indicados para homens e mulheres acima de 50 anos que não têm histórico familiar, e, quem tem, deve começar a prevenção ainda antes.
Quer saber mais sobre o coloproctologista e sua especialidade? Deixe aqui sua dúvida que nós responderemos em breve!