Miopia e astigmatismo: conheça causas, sintomas e tratamentos.
Assim, como qualquer outro órgão do nosso corpo, os olhos também merecem atenção quanto aos possíveis males que afetam sua saúde. Entre os problemas de visão mais comuns estão a miopia e o astigmatismo. E apesar de ambos serem problemas refrativos, a forma como cada um afeta a visão é diferente.
Segundo especialistas, a estimativa é de que a miopia atinge cerca de 22% a 30% da população mundial, enquanto mais de 40% das pessoas possuem algum problema de refração, que incluem também hipermetropia e astigmatismo.
Contudo, apesar de ambos serem problemas refrativos, a maneira como a miopia e o astigmatismo afetam a visão é diferente. A primeira ocorre, geralmente, quando o olho é mais longo, fazendo com que o cristalino e a córnea se posicionem mais distantes da retina.
E é por conta desse distanciamento que o problema causa o embaçamento da visão para enxergar objetos distantes, já que as imagens são formadas antes do plano de foco considerado ideal.
Já o astigmatismo não possui relação com o tamanho do globo ocular, e sim com imperfeições presentes no próprio cristalino ou na córnea. São estas deformações nas lentes oculares que geram dificuldade para enxergar objetivos em distâncias maiores ou menores.
Saiba mais sobre cada um desses problemas oftalmológicos e porque o acompanhamento médico é fundamental para a saúde da visão!
O que é miopia e como se manifesta
Como dissemos acima, a miopia se manifesta através de uma anomalia na córnea ou no cristalino, que são estruturas fundamentais para o funcionamento adequado do olho humano.
Num globo ocular considerado saudável, estas estruturas apresentam uma curvatura lisa, que permite a passagem adequada de luz e, assim, a formação correta das imagens. Quando há uma imperfeição, os raios de luz não são refratados da forma esperada, fazendo com a imagem fique desfocada, com a sensação de "vista embaçada".
A principal causa da miopia está relacionada com fatores genéticos, fazendo com que o problema se desenvolva gradualmente. Já na infância é possível observar a presença da miopia, mas isso também pode ocorrer na adolescência, por isso, o diagnóstico costuma ser dado, geralmente, entre os 8 e os 12 anos de idade.
Isso ocorre porque neste período os olhos estão se desenvolvendo, e assim, sua forma pode mudar. No entanto, o surgimento da miopia na fase adulta pode estar associado a outras doenças, como catarata e diabetes, por exemplo.
Como essa anomalia ocular vem de uma predisposição genética, não existem formas de prevenir a miopia. Contudo, vale o alerta: evite coçar muito os olhos, principalmente com força, para evitar a deformação da córnea, que é uma parte bastante sensível.
Como surge o astigmatismo?
O que acontece no olho de uma pessoa com astigmatismo é que a falta de simetria em uma córnea ou uma lente do olho, que resulta numa visão distorcida ou borrada. Nesse caso, o olho de quem possui astigmatismo possui pontos focais múltiplos, como se a imagem fosse formada em pontos diversos do globo ocular, antes e depois da retina.
Não se sabe ao certo o que causa astigmatismo, mas é comum que esse erro refrativo seja genético, estando presente desde o nascimento. Porém, na maioria dos casos, o problema está associado com a presença da miopia ou da hipermetropia, também podendo aumentar com o tempo, devido ao envelhecimento.
Entre os principais sintomas de astigmatismo estão
- - dificuldade na leitura de letras pequenas;
- - visão duplicada;
- - dificuldade para ver de perto e de longe sem apertar os olhos;
- - sensibilidade à luz (fotofobia);
- - maior dificuldade para enxergar à noite.
Importância do acompanhamento oftalmológico
Consultas com o médico oftalmologista, ainda que não se tenha nenhum sintoma ou suspeita de problemas oculares, são altamente recomendadas, principalmente na infância. Pois nesse período, é possível identificar problemas de visão como miopia e astigmatismo, e fazer a correção necessária com o uso de óculos.
Em alguns casos, o oftalmologista também pode indicar a realização de uma cirurgia corretiva. Contudo, esse tipo de intervenção costuma ser feita somente em casos bastante específicos e, ainda assim, algumas vezes é necessário continuar a usa óculos durante algum tempo.
Portanto, não deixe de procurar seu médico oftalmologista para realizar exames e observar a necessidade do uso de lentes corretivos ou mesmo de atualizar seus óculos, conforme o aumento ou diminuição do grau.