Quais os sintomas e fatores da menopausa precoce?
Muito provavelmente você já ouviu falar sobre menopausa precoce – e, se é mulher, se preocupou um bocado com isso. Normal, afinal a população feminina cresce se preparando, de alguma forma, para encarar a parada da menstruação, com todas as suas consequências, lá pelos 50 anos, não com uma década ou mais de antecedência. Só que é o que acontece com pelo menos 3% das mulheres, que podem ter vários planos modificados a partir disso, como uma tentativa de gestação. Mas por que será que a menopausa – ou Falência Ovariana Precoce (FOP) - acontece, quais seus sintomas e causas? Será que há tratamento?
Causas e fatores externos que colaboram para a menopausa precoce
Todas as mulheres já nascem com uma quantidade específica de óvulos, que deve ser suficiente para a ovulação em um período que vai da puberdade até os 50 anos, em média. A menopausa precoce ocorre quando os ovários deixam de funcionar adequadamente ainda em uma idade jovem, geralmente entre os 35 e 45 anos. Os motivos podem ser vários, mas não o que todo mundo costuma imaginar: a idade em que veio a primeira menstruação não faz diferença, mas sim a idade em que irmãs, mães e tias pararam de menstruar.
No entanto, vários fatores externos também podem contribuir para a menopausa precoce: tabagismo, tratamentos de quimioterapia e radioterapia, cirurgia ovariana, ligação das trompas; alterações genéticas como as do cromossoma X, como a Síndrome de Turner ou a Síndrome do X Frágil; e até algumas doenças infecciosas, como caxumba, varíola e malária. Ela também pode ser causada pela retirada cirúrgica dos ovários e pelo uso de alguns medicamentos, como os usados para a endometriose, doenças auto-imunes como lúpus e inflamações na tireóide (Tireoidite de Hashimoto), ou ainda para o tratamento de problemas metabólicos, como o diabetes.
Fique de olho nos sintomas que começam no climatério
Os sintomas físicos e emocionais são basicamente os mesmos de uma menopausa normal, mas como a parada da produção hormonal é mais brusca, eles podem ser mais intensos. Eles podem variar de mulher para mulher, ou seja, nem todas sentem exatamente todos os sintomas. Por exemplo, 80% das mulheres sentem os fogachos, que são ondas de calor súbitas que costumam durar entre 5 e 30 minutos e são acompanhadas de suor frio e desconforto. Há ainda os suores noturnos; a perda de apetite sexual; dores de cabeça; incontinência urinária; alterações na pele e nos cabelos; aumento de peso; perda de memória; perda de massa óssea que pode levar à osteoporose; perda de força muscular; insônia e cansaço; depressão; secura vaginal; oscilações de humor; e fadiga.
É importante perceber, também, que o climatério - que é o período de transição entre a fase reprodutiva e a não-reprodutiva - começa cerca de dois ou três anos antes da menopausa propriamente dita, e é justamente quando os ovários começam a reduzir drasticamente a produção do hormônio sexual feminino, o estrogênio. A menopausa ocorre apenas quando essa produção for encerrada definitivamente, quando a menstruação cessar de vez. É no climatério, portanto, que começa a irregularidade menstrual, com o fluxo sendo reduzido gradativamente: ele pode ficar abundante por alguns meses, depois desaparecer totalmente e reaparecer mais fraco mais adiante em ciclos esparsos. Essa é a hora de procurar um médico e começar a investigar os sintomas.
Gravidez fica mais difícil, mas não impossível
Como a menopausa precoce pode ocorrer até 15 anos antes do esperado, ela pode interromper o sonho de muitas mulheres de engravidar, já que por volta dos 35 ou 40 anos ainda é uma época reprodutiva. No entanto, é importante ficar atenta aos sinais do corpo para identificar a menopausa precocemente e conseguir uma gravidez através da doação de óvulos com o uso dos espermatozoides do companheiro, por exemplo. O diagnóstico da menopausa precoce é feito através de exames físicos e complementares, como o exame de sangue, dosagem hormonal e ultrassom transvaginal.
Tratamento e alívio dos sintomas
O tratamento geralmente é feito através da reposição hormonal, com medicamentos à base de estrogênio, prevenindo complicações como doenças cardíacas e osteoporose. A reposição hormonal, no entanto, não é indicada para mulheres com histórico de câncer de mama na família ou situação de risco para trombose ou doenças cardíacas.
Por outro lado, há várias medidas que podem ser tomadas para que os sintomas sejam aliviados através de hábitos saudáveis, como a prática regular de exercícios físicos; dieta balanceada com alimentos ricos em cálcio; evitar bebidas alcoólicas, refrigerantes e café; evitar o sobrepeso; evitar comidas processadas; e aumentar o consumo de água, sementes e produtos de soja, que auxiliam na regulação hormonal.
Ainda ficou alguma dúvida? Ou quer saber mais sobre algum outro distúrbio hormonal? Compartilhe a sua sugestão nos comentários!
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