Exames de rotina: quais são essenciais?
Com certeza você já ouviu falar em check-up, aquela palavrinha americana que, de tantos os médicos repetirem, já até entrou para o dicionário brasileiro. Ela nada mais é do que nossos exames de rotina, aqueles que devemos fazer periodicamente para manter a saúde em dia – conservando o que está bom e diagnosticando o mais precocemente possível qualquer doença que apareça para iniciar um tratamento otimizado. O segredo por trás dos exames de rotina é fácil: quanto antes alguma coisa é descoberta, mais fácil é de curá-la.
Veja quais exames de rotina são essenciais e para que servem!
Check-up infantil:
É fundamental que a carteira de vacinação das crianças esteja sempre em dia, mas além disso é preciso seguir um cronograma de consultas ao pediatra de acordo com a idade: mensais até os 6 meses de vida, bimestral até os 12 meses, trimestral até os 24 meses, semestral dos 2 aos 5 anos, e anual daí em diante.
Os exames de rotina que as crianças devem fazer são:
- Urina – Para investigação de possíveis infecções, perda de proteína, problemas renais e alterações do açúcar no sangue.
- Fezes – Presença de parasitas.
- Plaquetas – Averiguar o processo de coagulação.
- Hemograma – Rastrear indícios de anemia.
- Glicemia de jejum – Possibilidade de diabetes.
- Colesterol e triglicérides – Metabolismo de gorduras e lipídeos.
- TSH – alterações na tireóide.
- Ureia e Creatinina – Função renal.
Exames de rotina para as grávidas:
- Hemograma – Para detectar anemia.
- Glicemia – Presença de diabetes.
- Urina tipo 1 – Detecta infecções urinárias e doenças renais ocultas.
- Tipo sanguíneo – Para determinar o fator RH. Em caso de RH negativo, o acompanhamento médico no pré-natal deve ser diferenciado.
- VDRL – Detecta a prença de Sífilis.
- HIV – Detecta a presença do vírus da Aids.
- Sorológicos – Para detercar rubéola, hepatites B e C e toxoplasmose.
Exames de rotina dos 20 aos 65 anos
Dosagem de sódio, potássio, magnésio, fósforo e cálcio ionizado – É preciso verificar as taxas periodicamente. Excesso ou falta de sódio, por exemplo, pode causar desequilíbrio de líquidos e sonolência; de cálcio, o hipoparatireoidismo; de fósforo, lesões ósseas; de potássio, cãimbras; de magnésio, hipertensão – e valores muito altos ou muito baixos podem causar até a morte.
- TGO e TGP – Para o fígado: quando muito elevados, indicam disfunções, como algum tipo de hepatite ou lesões celulares.
- Ureia e Creatinina – detectam possíveis alterações nos rins.
- Ácido úrico – Níveis alterados podem indicar gota, hipertensão arterial, doenças cardiovasculares ou cálculo renal.
- Urina Tipo 1 (EAS) – Doenças renais ocultas e infecções urinárias.
- Exame de fezes – Indica a presença de ovos, larvas, parasitas e protozoários no organismo.
- Glicemia de jejum – Previne e detecta a diabetes. Feito após jejum de oito horas.
- Glicemia pós-prandial – Previne e detecta a diabetes. Feito uma ou duas horas após a refeição.
- Colesterol total e frações – O nível de colesterol no sangue depende de fatores de risco como alimentação inadequada, obesidade e histórico familiar. O exame ajuda a mantê-lo sob controle e a nivelar suas taxas.
- Triglicérides – Detecta os valores presentes no sangue dessas gorduras que podem ser produzidas pelo próprio organismo ou ingeridas através de alimentos. Elas aumentam o risco de doenças cardiovasculares.
- Sorologias – Determinam a existência de anticorpos ou vírus no sangue de hepatites B e C, HIV, toxoplasmose, mononucleose e citomegalovírus (herpes).
- Proteína C reativa (PCR) – Essa proteína produzida pelo fígado só aparece quando há infecções, diferenciando as virais das bacterianas. Níveis muito altos ou baixos indicam doenças autoimunes como artrite reumatoide (PCR alta) ou lupus (PCR baixa).
- Homocisteína – Depois da ingestão de carnes e laticínios o organismo produz este aminoácido que, em excesso, aumenta o risco da criação de coágulos e entupimento das artérias. O exame ajuda no diagnóstico precoce de doenças cardiovasculares.
- Pesquisa de sangue oculto – Investiga doenças gastrointestinais nas quais há perda oculta de sangue, principalmente no câncer colorretal.
- PSA (para os homens) – O Antígeno Prostático-Específico deve ser feito a partir dos 40 anos, e, a partir dos 50, uma vez por ano, todos os anos, já que o risco de câncer de próstata aumenta com a idade. O exame mede a quantidadede uma substância relacionada a alterações na próstata.
- Papanicolau (para mulheres) – Conhecido também como citologia oncótica do colo uterino ou exame preventivo, o exame verifica alterações nas células do colo do útero ou infecções por herpes, fungos ou verrugas genitais. Depois de iniciada a vida sexual o exame deve ser feito anualmente para evitar o câncer do colo de útero.
A partir dos 60 anos:
A partir dessa faixa homens e mulheres devem repetir com mais frequência – mas sempre a critério médico. Os exames básicos que devem se tornar rotina são o hemograma, uréia e creatinina, TSH, glicemia de jejum, pesquisa de sangue oculto, PSA e Papanicolau.
Realizando nos períodos corretos esses exames de rotina ao longo da vida você estará sempre um passo adiante no diagnóstico precoce de qualquer doença, favorecendo a taxa de sucessos dos tratamentos.
Quer saber mais sobre exames de rotina ou algum exame específico? Deixe sua sugestão nos comentários!