Doença de Alzheimer: entenda melhor
Descoberta pelo psiquiatra alemão Dr. Alois Alzheimer, em 1906, a doença de Alzheimer representa hoje uma preocupação mundial. De acordo com dados estatísticos de Alzheimer’s Disease International (ADI), a incidência da doença na população vem dobrando a cada 20 anos. A previsão é que, em 2030, existam 65,7 milhões de pessoas afetadas.
Hoje, 58% da população com Alzheimer está localizada em países desenvolvidos e estima-se que até 2050, 72% da população estará convivendo com a doença. A cada ano, são registrados cerca de 7,7 milhões de novos casos no mundo, o que representa um novo caso a cada quatro segundos.
Além dos números, existe o sofrimento de familiares e entes queridos que não é refletido das estatísticas. Por se tratar de uma doença degenerativa e de evolução gradual, a família costuma assistir a perda lenta do paciente que se inicia com a sua memória.
A boa notícia é que a medicina segue avançando e, no ano passado, já foi divulgado o nome de um medicamento que pode paralisar a evolução da doença. Para saber mais sobre o Alzheimer, continue acompanhando nosso post!
O que é a Doença de Alzheimer
A doença de Alzheimer é uma enfermidade que afeta o cérebro, fazendo com que os neurônios se degenerem e morram. A evolução da doença costuma ser lenta e, em geral, a primeira área do cérebro afetada é aquela responsável pela memória. Em aproximadamente 10 anos a doença atinge todo o cérebro.
Causas
A medicina ainda não possui respostas precisas para indicar o que exatamente promove o Alzheimer. Diversos estudos ainda estão em progresso e alguns chamam a atenção como é o caso do estudo promovido pelo cardiologista William Davis, autor do best seller “Barriga de Trigo” onde ele relaciona o consumo de trigo geneticamente modificado à evolução do Alzheimer.
O que se sabe hoje, contudo, é que a doença é resultado de uma série de eventos complexos que ocorrem no interior do cérebro.
Sintomas
Como a doença afeta o cérebro, dependendo da região que envolve, os sintomas serão diferentes. Em geral, a primeira área afetada é a responsável pela memória. O paciente começa a perder a chamada “memória recente”, apresentando dificuldades para guardar informações recentes, embora consiga se lembrar com clareza de fatos mais antigos.
Durante a evolução da doença, a fala também é afetada e o paciente encontra dificuldades para encontrar palavras, dar nome aos objetos e lembrar-se de nomes de parentes.
Dependendo da fase da doença, é comum que o paciente apresente distúrbios de comportamento tais como apatia, depressão ou mesmo agressividade.
Nem todo esquecimento representa os sintomas de Alzheimer. Porém, caso a perda de memória seja frequente e esteja prejudicando o dia a dia da pessoa, além disso, os próprios familiares percebem o desconforto da pessoa, esse é o momento de procurar auxílio médico.
Quem procurar?
O diagnóstico dado por um neurologista é fundamental para o tratamento. Atualmente, nenhum exame laboratorial ou de imagem dá 100% de segurança no diagnóstico. Por isso, durante a consulta o médico deve entrevistar não apenas o paciente, como parentes que convivem com ele. O médico também realiza um exame de funções cognitivas, onde através de testes para a memória, cálculo e linguagem, consegue aprimorar o diagnóstico. Testes laboratoriais de imagem também são necessários para identificar as outras causas da doença.
O Alzheimer não possui cura. Hoje, o tratamento é realizado a base de medicamentos que agem nos neurotransmissores do cérebro e deve ser prescrito por um médico.
Em julho do ano passado, a companhia farmacêutica Ely Lilly divulgou a descoberta de um medicamento, denominado solenezumab que pode cortar cerca de 1/3 a taxa de avanço da demência, impedindo que as células sigam morrendo. O medicamento ainda está em fase de testes.
É importante que a família diante do diagnóstico tenha a consciência de que embora o Alzheimer afete o cérebro, ele não apaga a pessoa, por isso é importante manter o carinho e o cuidado com fatos, ações, receitas e até hábitos que constituem a personalidade do indivíduo. Focar-se no bem estar do paciente, até o momento, ainda é o melhor tratamento.
Gostou desse post? Tem dúvidas sobre a doença de Alzheimer? Deixe seus comentários abaixo!