Atrofia muscular: prevenção e tratamento.
Quando os músculos enfraquecem, perdendo o tecido muscular, acontece a atrofia muscular. Ela pode acontecer por falta de uso ou de atividade física, ou ser neurogênica, ocorrendo por doença ou lesão do nervo que se conecta ao músculo. Seus principais sintomas são quando um dos braços ou pernas está nitidamente menor do que o outro (não mais curto), fraqueza em um dos membros e/ou incapacidade de se locomover normalmente.
Se você perceber um desses sinais, procure imediatamente um clínico geral ou ortopedista que pedirá alguns exames para determinar qual a melhor forma de tratamento. Na maioria absoluta dos casos a atrofia muscular pode ser revertida.
Atrofia muscular por desuso
A atrofia muscular pode ocorrer devido a duas causas. Uma delas é a falta de atividade física ou o desuso dos membros. É o que acontece com os astronautas, por exemplo: bastam alguns dias longe da gravidade da Terra, e portanto sem peso, para perderem boa quantidade do tônus muscular. Ela ocorre também quando a pessoa fica acamada, quando trabalham por muito tempo sentadas e levam uma vida sedentária e até quando a quantidade de exercícios físicos é reduzida. Este tipo de atrofia é mais fácil de ser revertido com a retomada de atividade física e um bom plano nutricional.
Atrofia neurogênica: tem mais causas e é repentina
Algumas lesões ou doenças podem causar a atrofia neurogênica, que costuma aparecer de forma mais repentina. Entre elas estão a poliomielite; Lou Gehrig ou esclerose lateral amiotrófica, esclerose múltipla, dermatomiosite, neuropatia, osteoartrite, artrite reumatoide, artrofia muscular espinhal, polimiosite, distrofia muscular e Síndrome de Guillain-Barre.
No entanto, a atrofia muscular pode ainda ter outras causas, como desnutrição, queimaduras, ossos quebrados, ferimentos, envelhecimento, miopatia associada ao álcool, corticoterapia a longo prazo, AVC e lesão na medula espinhal.
Como é feito o diagnóstico
O ideal é que você se prepare para otimizar a sua consulta e agilizar o diagnóstico médico com o clínico geral, que é feito através de exame clínico e exames laboratoriais e de imagem, como ressonância magnéticas, raios-x, exame de sangue, eletromiografia (EMG), estudos de condução nervosa, biópsia dos músculos ou nervos e tomografia computadorizada (TC). De acordo com os resultados desses exames ele deverá encaminhá-lo a um especialista, provavelmente o ortopedista.
O clínico também deverá analisar seu histórico médico e familiar, por isso é interessante que você já vá preparado para responder algumas perguntas. Informe doenças anteriormente diagnosticadas, ferimentos antigos e recentes, todos os medicamentos e suplementos que estiver tomando. Prepare também uma lista de todos os sintomas e há quanto tempo os tem sentido, se eles estão piorando, o que parece melhorá-los ou piorá-los e se é praticante de alguma atividade física e qual, por exemplo.
Tratamento dependerá da gravidade da perda de massa muscular
Após o resultado dos exames o tratamento dependerá da gravidade de perda de massa muscular, mas geralmente ele inclui mudanças alimentares, fisioterapia e exercícios físicos, e terapia com ultrassom para ajudar na cicatrização. Nos casos em que ligamentos, pele, músculos e tendões estão muito apertados impedindo a locomoção, condição conhecida como deformidade por contratura, a cirurgia pode ser indicada. Este caso é mais comum nos casos de desnutrição grave.
É bom lembrar que em alguns casos a atrofia muscular pode ser prevenida com a prática de exercícios físicos regulares e uma alimentação balanceada.
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