Hipertensão: como prevenir e tratar?
A hipertensão arterial, popularmente chamada de pressão alta, é caracterizada por um desequilíbrio no sistema circulatório que faz com que a pressão nas artérias aumente. Essa é considerada uma condição grave, pois além de gerar diversos distúrbios no organismo, também é um dos principais fatores de risco para problemas cardiovasculares.
E por ser causadora de doenças cardíacas, a hipertensão está relacionada com 51% das mortes por Acidente Vascular Cerebral (AVC ou derrame, como também é conhecido) e 45% dos óbitos derivados de outros problemas cardíacos. Estes são dados mundiais estimados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Devido à importância do tema, o dia 26 de abril foi instituído como Dia Nacional de Combate à Hipertensão, com o objetivo de conscientizar a população sobre o diagnóstico preventivo e o tratamento adequado.
Para que se caracterize como hipertensão, os níveis da pressão arterial devem estar sustentados acima de 140×90 mmHg (milímetro de mercúrio), que chamamos simplificadamente de 14 por 9. Aqui, o primeiro número (14) faz referência à pressão máxima ou sistólica, correspondente à contração do coração. Já o segundo número (9) se refere à pressão do movimento de diástole, que é quando o músculo cardíaco relaxa.
E como identificar a presença da hipertensão? Entre os sintomas mais frequentes podemos destacar
- - tontura
- - falta de ar
- - palpitações
- - dor de cabeça frequente
- - alteração na visão
Esses podem ser alguns sinais de alerta, porém, na maioria dos casos a hipertensão surge de forma silenciosa, e por isso é importante fazer a medição da pressão arterial regularmente.
Causas e consequências da hipertensão
Podemos classificar hipertensão arterial como primária, quando surge por fatores genéticos e hereditários, e secundária, quando decorre de outros problemas, como doenças renais e suprarrenais ou da tireoide, por exemplo.
Nesse sentido, investigar o histórico de saúde do paciente é fundamental para determinar a origem e, consequentemente, as causas da doença, para oferecer um diagnóstico preciso e o tratamento mais adequado.
Principais causas da hipertensão
Podemos descrever as causas mais comuns de pressão alta como histórico familiar, obesidade, estresse e envelhecimento – a doença atinge cerca de 60% das pessoas com mais de 60 anos de idade.
Já o sobrepeso e a obesidade podem acelerar o aparecimento da hipertensão em até 10 anos. Além disso, os maus hábitos alimentares e o sedentarismo também contribuem para o problema.
Consequências da hipertensão
Entre as complicações decorrentes da hipertensão, quando esta condição não é acompanhada e tratada corretamente, estão as chances de derrame cerebral (AVC), infarto do miocárdio e doença renal crônica.
Quando não é monitorada e controlada, a hipertensão também pode levar à hipertrofia do músculo do coração, ocasionando uma arritmia cardíaca. Por isso, o tratamento contínuo é crucial para melhorar a rotina do paciente e aumentar sua expectativa de vida.
Como tratar e conviver com a hipertensão?
Apesar de não ter cura, a hipertensão é uma doença facilmente tratável. Isso permite que o indivíduo seja capaz de conviver com esta condição sem maiores intercorrências, desde que siga as orientações médicas e leve o tratamento a sério.
E diferente do que muitos acreditam, nem sempre é necessário fazer uso de medicamentos para controlar a pressão. Muitas vezes, adotar um estilo de vida mais saudável, com mudanças na alimentação, consumo moderado de álcool, abandono do cigarro e prática regular de atividades físicas é suficiente para evitar que o problema se manifeste.
Todavia, o acompanhamento médico é essencial para o hipertenso. Consultas regulares com o cardiologista devem ser mantidas a partir da confirmação do diagnóstico, pois somente ele é capaz de indicar o tratamento mais adequado, e orientar as práticas diárias conforme o grau da doença e a relação com outras comorbidades.
Prevenção: de que forma é possível evitar a doença?
A máxima "prevenir é melhor do que remediar" se aplica muito bem à hipertensão. Afinal, antes que a doença apareça e fragilize a saúde do indivíduo – e muitas vezes, quando o problema surge, acaba sendo fatal – é possível agir preventivamente.
Existem várias maneiras de prevenir a hipertensão. A recomendação de médicos e profissionais de saúde em geral orienta para as seguintes ações
- - modificar os hábitos alimentares, dando preferência para o consumo de alimentos saudáveis, com baixo teor de sódio, pouco ou nenhum açúcar e menor quantidade de gorduras
- - manter o peso adequado, conforme o biótipo
- - praticar atividades físicas regularmente, no mínimo três vezes por semana
- - espaço para os momentos de lazer, que ajudam a reduzir o estresse
- - parar de fumar
- - consumir bebidas alcoólicas moderadamente.
Em conjunto, essas práticas ajudam a equilibrar o funcionamento do organismo e, consequentemente, evitam que haja aumento da pressão arterial. Além disso, proporcionam mais qualidade de vida e saúde a longo prazo.