Quem tem maior risco de ter câncer de mama?
Ele é o segundo tipo mais frequente em todo o mundo e top entre as mulheres: o câncer de mama responde por 25% dos novos casos da doença a cada ano no Brasil, apenas 1% deles em homens, de acordo com os dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Não é à toa, portanto, que ele é o grande terror da população feminina, que conta com os exames de toque e mamografia como os grandes aliados nessa luta. Ainda segundo o Inca, em 2016 ocorreram 58 mil novos casos de câncer de mama, mas apesar dos números assustadores, a doença tem cura quando diagnosticada a tempo: por isso é muito importante saber exatamente quem tem mais probabilidade de desenvolver a doença para redobrar a atenção aos primeiros sinais. Acompanhe este artigo para mais dicas importantes para a sua saúde.
O que são fatores de risco e como eles funcionam
Os chamados fatores de risco são determinadas situações que aumentam a possibilidade de algumas pessoas desenvolverem determinadas doenças mais do que outras. Isso não significa, no entanto, que quem não se encaixar nos fatores de risco estará imune ao problema. Muito pelo contrário. O câncer de mama, por exemplo, pode aparecer em qualquer mulher e em qualquer idade, apesar de ser mais comum após os 45 anos.
Da mesma forma, mulheres que reúnem determinadas características - físicas, genéticas e externas - têm os riscos de desenvolver a doença aumentados, o que também não significa que ela terá câncer de mama com certeza. A vantagem de saber se você se encaixa ou não nesses critérios é ter a possibilidade de modificar hábitos pouco saudáveis e prestar ainda mais atenção aos sintomas, tomando algumas atitudes.
As pesquisas mostram que 70% das mulheres acometidas pelo câncer de mama não apresentam fatores de risco claramente identificáveis, mas, na prática a comparação da incidência da doença nas mulheres com e sem fatores de risco é claramente maior no primeiro grupo. Veja quais são eles.
Idade
Apesar de haver (poucos) casos de câncer de mama até entre adolescentes, a maioria dos casos ocorre após os 45 anos, chegando ao pico em torno dos 65/70 anos. Para se ter uma ideia, de todos os registros anuais, 77% correspondem a mulheres com mais de 50 anos. A proporção por faixa etária é de 1 caso para cada 2 mil mulheres até os 30 anos, e de 1 caso para cada 10 após os 75.
Etnia
A maior incidência de câncer de mama se dá entre as mulheres brancas (caucasianas), mas é nas negras que os tumores se apresentam em sua forma mais agressiva, aumentando a taxa de mortalidade – apesar de o fator de risco para seu aparecimento ser ligeiramente menor. Asiáticas e hispânicas têm 30% menos risco de ter câncer de mama do que caucasianas.
Altura
Ainda não se sabe exatamente porque, mas as pesquisas mostram que parece haver uma relação entre a altura e a incidência da doença, mas ao que tudo indica as mulheres mais altas são mais propícias ao desenvolvimento do câncer de mama: as que medem 1,75m ou mais têm 20% a mais de chance do que as de 1,60m.
Histórico familiar
Em 85% das vezes o câncer de mama se desenvolve em mulheres que não têm histórico familiar positivo, mas nos 15% restantes a situação se complica: parente de primeiro grau com histórico de câncer de mama aumenta o risco em 1,8 vez, dois parentes de primeiro, em 2,9 vezes – mas se algum destes parentes apresentou a doença antes dos 40 anos, as chances de ter aumentam para 5,7 vezes.
A análise da história familiar, no entanto, também é importante para compreender as possíveis mutações genéticas que propiciam seu aparecimento. Por exemplo, quando várias pessoas da família já tiveram ou têm câncer de mama, provavelmente esta família tem mutações dos genes BRCA1 e BRCA2, o que faz com que as mulheres tenham 65% de chances de ter a doença antes dos 70 anos. Estas mutações são responsáveis por apenas 5% de todos os cânceres de mama.
Histórico pessoal com a doença
Quem já teve câncer de mama apresenta 4 vezes mais riscos de desenvolver um novo câncer de mama – novo, não recorrência do primeiro – na mesma ou na outra mama.
Radiação na área do tórax
São maiores os riscos de câncer de mama para pessoas que foram expostas à radiação ou entraram em contato com material radioativo, mesmo que tenha sido em tratamento contra o câncer. O risco aumenta se a exposição ocorreu durante a juventude.
Idade da menarca (primeira menstruação)
O risco é maior para quem teve a primeira menstruação antes dos 12 anos (precoce) ou menopausa tardia (após os 55 anos).
Densidade das mamas
Mamas mais densas apresentam mais dificuldade de identificar nódulos pela mamografia e são também mais suscetíveis à doença. Mas, atenção, estamos falando de densidade, não de tamanho.
Fatores de risco que podem ser alterados
Os fatores de risco descritos acima não podem ser alterados, mas outros podem - colaborando ainda mais para a prevenção da doença. Veja quais são eles:
Idade da primeira gestação
Quanto mais cedo tiver sido o primeiro filho, menos risco de desenvolver câncer de mama. Dessa forma, mulheres que tiveram o primeiro filho aos 20 anos têm menos riscos que as que o tiveram aos 25, e assim sucessivamente. No entanto, mulheres de 40 anos ou mais que nunca tiveram filho têm 30% mais chances de ter a doença do que as mulheres com filhos. A estimativa é que cada filho reduza o risco de câncer de mama em 7%.
Pílulas anticoncepcionais
Os estudos mostram que o risco oferecido pelas pílulas é muito pequeno e que mesmo assim desaparece após sua suspensão.
Terapia de reposição hormonal
Ela aumenta o risco da doença, mas apenas quando realizada por mais de dois ou três anos.
Amamentação
Amamentar por 12 meses reduz em 4,3% o risco de câncer de mama. Quanto maior o tempo de amamentação, maior a proteção contra a doença.
Tabagismo e álcool
Também aumentam as chances de câncer de mama. O cigarro chega a aumentar em 30% o risco da doença.
Atividades físicas
Elas reduzem os riscos da doença, independentemente de reduzir ou não o peso corporal. Exercícios intensos, que correspondam a 3 horas semanais de corrida ou 10 horas semanais de caminhada, chegam a reduzir os riscos em até 40%.
Ao prestar atenção nestes fatores, o diagnóstico precoce não apenas fica mais fácil, como também a prevenção do câncer de mama com a mudança de alguns hábitos.
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