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Câncer de mama - preste atenção nos sintomas.

quarta, 19 de outubro de 2016

Você sabia que o outubro é rosa? Pelo menos é assim para a campanha contra o câncer de mama, um movimento nascido nos Estados Unidos na década de 90 e que passou a ser celebrada anualmente em vários países. Através do Outubro Rosa, entidades e fundações ligadas ao diagnóstico e tratamento da doença visam conscientizar a população sobre a necessidade dos exames periódicos e levar mais informação sobre o câncer de mama, o tipo de câncer mais comum entre as mulheres em todo o mundo.

No Brasil, o câncer de mama perde apenas para o câncer de pele não-melanoma em incidência, respondendo por 25% de todos os novos casos da doença a cada ano. Em média, são quase 60 mil novos casos de câncer de mama registrados em todo o território nacional a cada ano.

 

É o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil

O câncer de mama é também o tipo de câncer que mais mata mulheres no Brasil, mas as chances de cura são de até 97% quando detectado em suas fases iniciais. O exame de mamografia é indispensável para isso, já que consegue identificar tumores ainda muito pequenos, de apenas 1 milímetro. No entanto, o Brasil ainda é um dos campeões de diagnósticos tardios, muito por conta do medo e do tabu.

De acordo com a Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) mulheres a partir dos 40 anos devem fazer o exame anualmente, principalmente se ela já estiver na menopausa e mamas densas, que podem deixar mais tecido grandular do que adiposo, favorecendo o crescimento das células com mais rapidez – o que aumenta entre quatro e seis vezes as chances de tornarem-se cancerosas.

Ao contrário do que muitas mulheres imaginam, de acordo com a SBM o ideal depois da menopausa não é mama densa, mais sim flácidas e caídas. A orientação, nesse caso, é que quem tem mama densa faça outros exames complementares à mamografia, como ultrassonografia e ressonância magnética porque a densidade na mama reduz a sensibilidade da mamografia.

Múltiplos fatores causam câncer de mama - e quando combinados viram uma verdadeira bomba

De acordo com os especialistas, o aumento do número de casos nos últimos anos é uma combinação de fatores – inclusive em relação à gravidez cada vez mais tardia e poucas vezes, combinada com a pouca amamentação e muitas vezes uma reposição de hormônios exagerada na menopausa. No entanto esses mesmos fatores podem ser mais agravados ainda se a mulher for obesa e fumante.

Isso acontece porque no tecido subcutâneo da mulher obesa há estrogênio, o hormônio responsável pela multiplicação das células da mama. Ao tomar mais hormônios para repor a perda da menopausa, ela bombardeia a mama com mais estrogênio fazendo com que a multiplicação das células possa acontecer de forma desordenada.

Outro fator que merece atenção é a já ocorrência de casos de câncer de mama ou de ovário na família. Nesse caso o ideal é fazer um teste genético. Apesar de não haver comprovação científica sobre a relação do estresse com a doença, acredita-se que pessoas com melhor qualidade de vida (mais tranquila e sem estresse), tem uma imunidade melhor, com mais capacidade de defesa. Segundo a SBM, 3% de todas as mulheres que morrem no Brasil têm câncer de mama, com incidência maior de óbito a partir dos 70 anos.

Prestando atenção aos sintomas, o diagnóstico precoce é mais fácil

Quanto antes descoberto, maiores são as chances de cura, então o que vale é prestar atenção nos sintomas e não ter medo de encontrá-los, muito pelo contrário: se quem procura acha, quem acha cedo se livra dele com mais facilidade e rapidez.

A princípio é possível identificar 12 sintomas do câncer de mama que não devem ser ignorados. Eles podem surgir juntos ou isoladamente. É bom lembrar, entretanto, que a presença de um desses sintomas não significa obrigatoriamente câncer de mama, mas pode ser uma indicação que vale a pena ser investigada. Nesse caso você deve procurar um mastologista que poderá averiguar melhor o que ele significa, podendo ser também uma inflamação do tecido mamário ou um nódulo benigno, por exemplo, que também precisam de tratamento. Veja os 12 sintomas que podem ser identificados através do autoexame:

1. Vermelhidão, inchaço, calor ou dor na pele da mama;

2. Inchaço e nódulos frequentes nas ínguas das axilas;

3. Alteração no tamanho ou forma da mama;

4. Endurecimento da pele da mama como se fosse uma casca de laranja;

5. Coceira frequente na pele ou no mamilo;

6. Assimetria entre as duas mamas, como uma muito maior do que a outra;

7. Nódulo ou caroço na mama que não diminui;

8. Liberação de líquido pelo mamilo, principalmente se tiver sangue;

9. Presença de sulco na mama, como se ela estivesse afundada em algum lugar;

10. Inversão súbita do mamilo;

11. Veia observada com facilidade e aumentando de tamanho;

12. Formação de crostas ou feridas na pele junto do mamilo.

Conheça os exames para detecção do câncer de mama

Alguns exames podem confirmar ou não a ocorrência de câncer de mama. A mamografia é o mais conhecido, que na verdade é um raios-x pelo qual é possível ver se há lesões na mama antes mesmo do aparecimento de qualquer sintoma – e por isso ela é tão importante na prevenção da doença. Se aparecer alguma alteração na mamografia ou se a mama estiver muito densa impedindo um resultado conclusivo, o mastologista poderá pedir outros exames complementares, como ressonância magnética, ultrassom ou biópsia.

Além deles, o exame clínico também é utilizado para a detecção de nódulos e outras alterações através da palpação, ainda que não seja considerado um exame muito preciso. Ele poderá pedir também exame de sangue com marcadores tumorais ou biológicos, e o exame Fish, geralmente feito após a biópsia, quando já existe o diagnóstico de câncer e ajuda o médico a escolher qual a melhor forma de tratamento.

Não esqueça que a prevenção é a melhor forma de tratamento, e quanto antes for diagnosticado o câncer de mama, maiores são as chances de cura.

Essa luta é de todos, mas começa por você! Deixe seu comentário e compartilhe sua opinião.

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