Saúde em Foco

Exame de Bioimpedância: por que ele é importante?

quarta, 10 de novembro de 2021

O exame de bioimpedância é um procedimento simples, utilizado para obter informações sobre a composição corporal do indivíduo. É bastante utilizado por quem pratica ou deseja iniciar uma atividade física, ou mesmo por sedentários. O maior objetivo do exame é saber o percentual de gordura corporal e volume de massa muscular de cada indivíduo. Deste modo é possível diagnosticar excesso de gordura ou baixo volume muscular e buscar tratamentos para atingir um nível saudável entre elas.

Apesar de não ser capaz de detectar nenhuma doença, o exame de bioimpedância auxilia diretamente no diagnóstico do excesso de peso. Através do exame é possível identificar mais precisamente volume de gordura e de massa muscular, valores estes preditivos de uma boa saúde.

Acompanhe o artigo e descubra porque o exame de bioimpedância é um importante aliado da sua saúde!

Como é feito o exame de bioimpedância?

O exame de bioimpedância é capaz de medir a estrutura corporal de uma pessoa em peso gordo e magro. Desse modo, na avaliação o profissional consegue verificar o volume de massa magra (músculos), a quantidade de gordura e de água presentes no organismo.

Diferentemente do IMC que considera apenas o peso do indivíduo distribuído para altura, e classifica-o em baixo peso, eutrofia (peso normal) ou excesso de peso (sobrepeso e obesidade); a bioimpedância é utilizada para que se obtenham dados mais precisos e detalhados sobre o peso do indivíduo. Para isso, é utilizada uma balança especial, que possui placas de metal que conduzem uma corrente elétrica bem fraca e imperceptível através do corpo. Essa corrente é que faz a leitura da estrutura e detalha o percentual de gordura e identifica volume de músculo e gordura em cada segmento do corpo.

No entanto, antes de iniciar a verificação, o sistema do equipamento solicita dados como sexo, idade e altura a fim de analisar os dados referenciais de composição corporal ideias para aquela pessoa. Ao fazer a análise, o aparelho de bioimpedância mostrará o peso atual e detalhado

  • - Massa muscular
  • Gordura corporal (em quilogramas e percentual)
  • Água corporal

Outro dado que pode ser mensurado com o exame de bioimpedância é a quantidade de calorias que o corpo queima para desenvolver suas funções vitais, conhecido como TMB (taxa metabólica basal). Isso é importante para que seja traçado um plano adequado de consumo e gasto de calorias, de acordo com o objetivo do paciente - emagrecimento, ganho de massa ou manutenção do peso.

Por que é importante realizar este exame?

Saber exatamente como nosso corpo é composto pode ajudar a melhorar a saúde de muitas formas. Sobretudo para quem deseja iniciar a prática de atividades físicas regulares e busca uma mudança definitiva no corpo, fazer o exame de bioimpedância é extremamente importante, pois ele fornecerá as informações corretas para um plano alimentar e de exercícios.

Assim, de modo personalizado e conforme o objetivo de cada paciente, o exame atua como orientador, onde se torna possível fazer um acompanhamento mais preciso sobre a perda de gordura e o ganho de massa magra, para que as metas sejam cumpridas e os resultados sejam atingidos com mais eficiência.

O exame auxilia ainda no monitoramento do processo de emagrecimento, podendo ser avaliada evolução de peso de gordura e massa muscular que deve ser maximamente preservada.

Qual o profissional indicado para prescrever e realizar a bioimpedância?

Geralmente, o exame de bioimpedância é realizado em clínicas especializadas ou no consultório de médicos e nutricionistas. No entanto, além de médicos e nutricionistas profissionais de educação física também estão aptos a solicitar e realizar o procedimento.

Bioimpedância na prevenção e controle da obesidade

O exame de bioimpedância vai muito além de um simples cálculo de IMC. E por mostrar em detalhes a composição corporal, é um importante aliado na prevenção e no controle da obesidade.

Por isso, na área de nutrição, a bioimpedância é essencial para que todo o plano alimentar de uma pessoa em tratamento da obesidade alcance os resultados esperados de modo seguro e adequado ao seu perfil.

Além disso, nos casos em que intervenções mais sérias são necessárias, como por exemplo a cirurgia bariátrica, o exame de bioimpedância mostrará ao médico e ao nutricionista a melhor abordagem antes e após a cirurgia.

Exames de rotina: gastroenterologia, cardiologia e oftalmologia.

quarta, 29 de setembro de 2021

Você costuma fazer exames de rotina? Eles são importantes para avaliar o estado geral da saúde do indivíduo. Muita coisa pode mudar no espaço de um ano, por isso os exames de rotina são tão necessários. Por meio deles, o médico pode detectar doenças precocemente e, assim, prescrever o melhor tratamento.

Vamos conhecer, então, quais são os exames de rotina recomendados para as especialidades de gastroenterologia, cardiologia e oftalmologia.

Exames de rotina - gastroenterologia

A gastroenterologia é a especialidade que cuida do sistema digestivo. Nessa área, dois exames de rotina são essenciais, a endoscopia e a colonoscopia. No primeiro, não existe uma idade certa para fazer.

O que vai determinar a sua realização ou não são os sintomas do paciente. A endoscopia é indicada em casos de histórico de câncer de estômago na família, anemia, perda de peso repentina e acentuada e suspeita de linfoma gástrico.

Já o segundo exame, a colonoscopia, é um pouco mais invasivo. Ele também é solicitado quando o indivíduo apresenta alguns sintomas, porém, após os 50 anos de idade, a colonoscopia deve ser feita regularmente para prevenir o câncer de intestino e/ou de reto.

A periodicidade dos exames digestivos irá depender da saúde do paciente. Eles podem ser feitos anualmente ou a cada dois anos, sempre sob indicação médica.

Exames de rotina - cardiologia

O indicado é que os indivíduos iniciem os exames de rotina cardiológicos por volta dos 45 anos. Contudo, pacientes que tenham histórico de problemas de coração na família devem iniciar bem antes disso.

Os principais exames cardiológicos de rotina são

  • - Raio-x de tórax - através desse exame o médico consegue analisar o contorno do coração para verificar se existe alguma anormalidade, principalmente com a artéria aorta.
  • - Eletrocardiograma - este exame é indicado para detectar arritmias ou batimentos irregulares. Através dele também é possível avaliar se existem alterações cardíacas que possam sugerir um infarto e também como estão os níveis de potássio no sangue.
  • - Teste de esforço - esse exame é feito em uma esteira ou bicicleta ergométrica. Enquanto o indivíduo se exercita, o médico analisa a pressão arterial e o ritmo cardíaco para avaliar possíveis arritmias e existência de placas de gordura nas artérias.
  • - Ecocardiograma - através esse exame é possível verificar a estrutura do coração e também diagnosticar doenças congênitas do órgão.

Exames de rotina - oftalmologia

O exame clínico de rotina com um médico oftalmologista é importante em todas as idades e deve ser realizado anualmente. Nas crianças, o diagnóstico precoce é essencial para identificar doenças que possam comprometer a visão por toda a vida.

Já em adultos, principalmente após os 50 anos, o exame de rotina regular é importante para identificar doenças graves, como o glaucoma e a catarata.

Além do exame de rotina externo feito pelo oftalmologista, também são indicados

  • - Teste ortóptico - serve para avaliar os músculos dos olhos e identificar possíveis alterações sensoriais.
  • - Oftalmoscopia - exame feito para observar o fundo dos olhos, ou seja, retina, disco óptico, coróide e vasos sanguíneos.
  • - Exame de refração - serve para identificar a necessidade do uso de óculos de grau ou lentes corretivas.

Faça os exames de rotina das especialidades de gastroenterologia, cardiologia e oftalmologia de acordo com a sua faixa etária e recomendação médica. O diagnóstico precoce é, ainda, o melhor remédio.

Como é feita a espirometria e quais suas indicações.

segunda, 16 de agosto de 2021

A espirometria é um exame para avaliar melhor a respiração de um indivíduo. Através dela, o médico consegue analisar a quantidade de ar que entra e que sai dos pulmões e também a velocidade desta ação. A espirometria também é conhecida como Prova Ventilatória ou Prova de Função Pulmonar.

Agora vamos conhecer melhor como esse exame é realizado, quais os grupos de risco, as contraindicações e quais doenças podem ser diagnosticadas através dela.

Quais doenças podem ser diagnosticadas com a espirometria?

Se o paciente passou pela espirometria e o resultado foi anormal, isso pode significar dois diagnósticos: distúrbio restritivo ou obstrução das vias aéreas.

No caso da obstrução das vias aéreas, o problema ocorre quando o volume de ar nos pulmões é bom, mas ele demora para sair. Asma e enfisema pulmonar são duas doenças obstrutivas diagnosticadas através desse exame.

Já o distúrbio restritivo é quando entra e sai pouco ar dos pulmões, mesmo que o esvaziamento aconteça no tempo adequado. Pode indicar fraqueza muscular pulmonar ou então fibrose.

É importante ressaltar que apenas um médico pneumologista poderá diagnosticar e prescrever um tratamento correto para qualquer doença que surgir no resultado do exame. 

Contraindicações para realizar a espirometria

A espirometria é um exame minimamente invasivo, porém algumas condições devem ser observadas

  • - tosse com sangue
  • cirurgia ocular recente ou descolamento de retina
  • aneurisma da aorta
  • angina recente ou infarto do miocárdio
  • dor torácica na hora de respirar
  • respiração por traqueostomia
  • pneumonia, gripe ou resfriado recente

Grupos de risco

O exame é indicado para todas as pessoas que apresentam algum problema para respirar. Por menor que seja a dificuldade, quando o assunto é respiração, é melhor realizar um check-up e averiguar a situação.

No entanto, pessoas que já possuem alguma doença respiratória fazem parte do grupo de risco e estão pré-dispostas a ter possíveis complicações no futuro. Por isso, a espirometria é indicada para quem sofre de asma, fibrose pulmonar, bronquite e condições semelhantes. Nestes casos, o exame deve ser periódico e realizado a cada 3 ou 6 meses.

Os fumantes também estão no grupo de risco para desenvolver doenças respiratórias graves, por isso devem realizar o exame periodicamente.

Como é feita a espirometria?

O procedimento para realizar a espirometria é muito simples. Com o paciente sentado, o médico coloca uma espécie de presilha em seu nariz. A função desta presilha é cortar totalmente a respiração pelo nariz, fazendo com que o paciente respire apenas pela boca. O paciente irá respirar, com a maior força possível, dentro de um tubo que estará conectado ao espirômetro.

É comum que o procedimento seja realizado cerca de três vezes para garantir a precisão do resultado. Assim, qualquer oscilação que ocorrer durante o exame ficará registrada.

No momento da repetição (após a primeira vez), o paciente recebe uma medicação broncodilatadora (para dilatar os brônquios e facilitar a respiração). Após, o exame é enviado a um pneumologista para avaliação.

O exame é indolor e seu tempo de duração pode variar entre 5 e 30 minutos, dependendo do número de respirações que serão solicitadas. A espirometria também pode ser feita em mulheres grávidas e em crianças acima dos 5 anos de idade.

Teste ergométrico: como é realizado e quais suas indicações?

quinta, 22 de julho de 2021

O teste ergométrico, também conhecido como teste de esteira, permite identificar a presença de problemas cardíacos através da análise das reações do coração diante de um determinado nível de esforço físico.

Geralmente indicado por cardiologistas, o teste é feito com o uso de uma esteira ou bicicleta ergométrica, onde o paciente é colocado para caminhar em diferentes níveis de intensidade, durante períodos de tempo determinados. Aparelhos de eletrocardiograma e medidor de pressão são colocados no paciente e utilizados para auxiliar o monitoramento cardíaco.

Ao analisar o resultado do teste ergométrico, o médico é capaz de diagnosticar uma série de doenças, tais como

  • - arritmias;
  • - isquemia miocárdica;
  • - hipertensão;
  • - hiper-reatividade da pressão arterial ao esforço;
  • - distúrbios hemodinâmicos e de condução;
  • - presença de risco para infarto do miocárdio.

A duração do exame é de aproximadamente 20 minutos, onde o paciente passa cerca de 60% do tempo realizando o exercício, e o restante em recuperação.

Quando esse exame deve ser realizado?

O teste ergométrico é utilizado para avaliar pessoas portadoras de doenças cardíacas e observar o grau de comprometimento das artérias coronárias.

Esse exame também costuma ser solicitado para a liberação da prática de atividade física, sobretudo em pessoas que apresentem fatores de risco como obesidade, sedentarismo, problemas cardiovasculares preexistentes e histórico de infarto do miocárdio.

Existem outros casos específicos de recomendação para o teste ergométrico, como nas situações a seguir

  • - realização de check-up em pacientes acima dos 40 anos de idade;
  • - pessoas que possuam fatores de risco ou predisposição para doenças cardiovasculares;
  • - suspeita de alterações cardiorrespiratórias;
  • - avaliação do funcionamento cardíaco durante a prática de exercícios;
  • - avaliação de condicionamento físico para a participação em atividades ou competições esportivas;
  • - análise do funcionamento de dispositivos implantados, como marcapasso;
  • - observação da evolução clínica e da resposta terapêutica de medicamentos.

Contraindicações para o teste ergométrico

Existem alguns casos onde o teste ergométrico é contraindicado. Pessoas que possuem pressão alta descontrolada, angina instável, gestantes e portadores de cardiomiopatias e embolia pulmonar são consideradas grupo de risco para a realização do exame.

Do mesmo modo, pacientes que apresentem alguma enfermidade aguda, febril ou grave, limitações físicas ou psicológicas, ou que tenham sofrido intoxicação medicamentosa e com distúrbios hidroeletrolíticos e metabólicos não corrigidos não devem se submeter ao teste ergométrico.

Portanto, é fundamental informar o médico sobre seu histórico de saúde, pois caberá a ele decidir pela realização ou não do exame de esforço.

Recomendações para a realização do exame

Como o teste ergométrico costuma ser feito em uma esteira, a primeira recomendação é para que o paciente vista roupas confortáveis, como aquelas usadas para ir à academia, e tênis de caminhada ou corrida.

Por conta dos eletrodos que serão acoplados, no caso dos homens pode haver a necessidade de raspar os pelos do tórax para melhorar a adesão. Também por isso, é importante não usar cremes corporais ou pomadas de nenhum tipo no dia do exame.

Outro ponto importante é que o teste ergométrico não deve ser realizado em jejum, mas também não se recomenda consumir alimentos pesados e em grande quantidade. O ideal é fazer uma refeição moderada a leve, pelo menos duas horas antes do procedimento. Pessoas que façam uso do cigarro não devem fumar duas horas antes e uma hora após o teste.

Vale lembrar: quando o médico prescrever o exame, lembre-se de informar sobre o uso de medicamentos, pois pode haver a necessidade de suspender a ingestão por algum período anterior ao teste ergométrico.

Importância do diagnóstico preventivo

O diagnóstico preventivo, especialmente nos casos de suspeita de doença cardiovascular, é a melhor maneira de tratar adequadamente esse tipo de problema.

Nesse sentido, o teste ergométrico é de grande importância para que se possa avaliar a capacidade cardiorrespiratória do indivíduo.

Desse modo, é possível antever os riscos da realização de esforços físicos além do que é suportado pela pessoa, e atuar preventivamente no tratamento de doenças cardíacas.

Densitometria óssea: como é realizada e qual sua indicação?

segunda, 21 de junho de 2021

A densitometria óssea é um tipo de exame de imagem indicado para avaliar a perda de massa óssea e mineral, sendo indicada para diagnosticar a presença de doenças como osteoporose ou osteopenia.

O exame resulta em imagens parecidas com as do raios-x e é totalmente indolor e seguro. Sua principal vantagem é detectar a doença em estágio inicial, sendo possível avaliar o tratamento mais adequado e prevenir possíveis fraturas.

Como o exame é realizado?

A realização da densitometria óssea não exige nenhum preparo específico, além de algumas recomendações para o momento do exame. O paciente é encaminhado para o aparelho, que ao irradiar o corpo, captura as imagens e as envia para o computador.

O procedimento é bastante rápido e, ao todo, o exame demora em torno de 15 minutos para ser feito. O resultado é quase instantâneo e o laudo é pode ser emitido logo em seguida, para casos que exijam alguma urgência.

Apesar de poder ser feito em todo o corpo do paciente, geralmente são examinados o antebraço, fêmur e a coluna vertebral, por serem ossos maiores e mais sujeitos a fraturas

Recomendações para o momento do exame

Na hora do exame, é importante evitar usar roupas grossas, com botões, fivelas ou quaisquer adereços de metal. O mesmo vale para sutiãs com aro, joias e acessórios, que devem ser retirados.

Caso o paciente faça suplementação de cálcio, também é recomendado interromper a ingestão no dia do exame, se fez exame de imagem com contraste deve aguardar 1 semana. pois isso pode influenciar no resultado do exame da coluna.

Depois de realizar o procedimento, o paciente já fica liberado para realizar sua rotina, sem que seja necessário nenhum tipo de cuidado específico ou repouso.

Quando é a hora de fazer uma densitometria óssea?

Conforme orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS), o exame de densitometria óssea deve ser realizado nos seguintes casos

  • - a cada dois anos em mulheres a partir dos 60 anos e homens a partir dos 65 anos;
  • - nas mulheres acima de 45 anos onde haja fatores de risco, como falta de vitamina D, doenças inflamatórias intestinais, ou ainda com dois ou mais fatores como sedentarismo, tabagismo e consumo excessivo de álcool
  • - no caso de fratura em pacientes maiores de 50 anos, a fim de determinar qual a gravidade da ocorrência
  • - em pessoas adultas com comorbidades, como artrite reumatóide, espondilite anquilosante ou lúpus
  • - para avaliação uma possível suspensão da terapia de reposição hormonal em mulheres na menopausa
  • - quando há evidência de osteoporose no exame de radiografia simples

Obs.: a densitometria óssea é contraindicada para em mulheres grávidas

Por que esse exame é importante?

Principalmente em pessoas idosas, a osteoporose representa um risco iminente de fraturas, que podem comprometer de forma grave a mobilidade, além de tornar a recuperação mais difícil. Ou, em casos mais graves, ser praticamente impossível recompor o osso danificado, deixando o idoso acamado em em cadeiras de rodas.

Portanto, a densitometria óssea é a maneira mais simples, rápida e acessível para diagnosticar a doença na sua fase inicial. Isso torna o tratamento mais eficaz, melhorando significativamente a qualidade de vida do paciente.

O que é ortopedia e quando procurar essa especialidade?

quinta, 06 de maio de 2021

A ortopedia é uma especialidade médica que atua no estudo e tratamento de doenças, lesões e deformidades do aparelho locomotor, como articulações, músculos, ossos e ligamentos.

Muitas vezes, também vem acompanhada da traumatologia, que trata os traumas oriundos de fraturas e lesões, geralmente causados por acidente – quedas, desportos, acidentes de trânsito – e que são uma das principais fontes de problemas atendidos por essa especialidade.

Entre as partes do corpo humano que mais sofrem lesões tratadas pela ortopedia estão

  • - mãos e pés;
  • - tornozelos;
  • - ombros;
  • - quadril;
  • - coluna;
  • - cotovelos.

Entre as categorias básicas de especialidade médica, a ortopedia faz parte da cirurgia, o que significa que o médico ortopedista também pode atuar como cirurgião sem ter que, necessariamente, passar pela formação em cirurgia geral.

Portanto, o especialista em ortopedia atua, sobretudo, na prevenção, estudo e no tratamento dos problemas relacionados à área.

Principais doenças tratadas pela ortopedia

A ortopedia é responsável pelo tratamento de diversas doenças, além das lesões. Algumas possuem um nível de gravidade menor, mas outras podem comprometer totalmente o sistema motor, e por isso o acompanhamento médico é tão importante, sobretudo preventivamente.

Entre as doenças mais comuns podemos destacar

Artrose

A artrose é causada pela degeneração e frouxidão da articulação, que levam ao inchaço, dor e rigidez nas juntas, além da dificuldade em realizar movimentos. É uma doença crônica e degenerativa, que apesar de não ter cura, é tratada com medicamentos para alívio da dor e da inflamação. E também com fisioterapia e exercícios de estimulação, que retardam o desenvolvimento da doença.

Dores articulares (artralgia)

Geralmente causada por outras doenças, a artralgia se caracteriza por dores nas articulações. Pode ser proveniente de osteoartrite, gota, artrite reumatoide, entre outras.

Lombalgia

A lombalgia se caracteriza pela dor lombar, geralmente causada por uma lesão no músculo (tensão) ou no ligamento (entorse), devido a má postura, levantamento impróprio, falta de exercícios físicos regulares, disco rompido, fraturas ou artrite.

Na maioria dos casos, a dor desaparece após um período de duas a quatro semanas com o uso de analgésicos e fisioterapia, quando recomendada. Mas em casos persistentes, pode ser necessária uma intervenção cirúrgica.

Lesão nos ligamentos

As lesões nos ligamentos costumam estar relacionadas às atividades esportivas de contato (corrida, salto, esportes coletivos como futebol, entre outros). São classificadas em três graus

  • - 1º grau: entorse do ligamento, sem instabilidade;
  • - 2º grau: entorse com detecção de instabilidade, mas com continuidade das fibras;
  • - 3º grau: ruptura total do ligamento.

Dores musculares (mialgia)

A dor muscular, chamada de mialgia, costuma ser decorrente de atividades físicas (sobretudo quando o exercício é realizado pela primeira vez), permanecer deitado ou sentado por períodos longos, além de distensões e entorses.

Tendinite

A tendinite é uma inflamação dos tendões que fazem a ligação entre o músculo e o osso. Está entre os problemas ortopédicos mais comuns, e pode ocorrer em pessoas de qualquer idade, em diferentes partes do corpo.

Geralmente, aparece em regiões como ombros, joelhos, cotovelos, pés, mãos, braço, quadril e tornozelo. Os sintomas variam conforme a região atingida, e os mais comuns são dor local, vermelhidão e dificuldade para fazer movimentos.

Problemas ortopédicos em crianças e idosos

A ortopedia costuma tratar nas crianças alguns problemas relacionados com deformidades ósseas e fraturas. Nos idosos, os problemas mais comuns são a artrose e a osteoporose.

Diferença entre ortopedia e traumatologia

A especialidade de Ortopedia e Traumatologia é uma só. Contudo, a ortopedia trata dos problemas de ordem anatômica e fisiológica do aparelho locomotor. Já a traumatologia, apesar de atender o mesmo sistema, possui um foco direcionado para lesões provocadas por movimentos e impactos, como fraturas, contusão, luxação e acidentes, por exemplo.

Quando procurar um ortopedista?

É muito comum que se procure ajuda de um ortopedista somente em casos de urgência e emergência, como fraturas e lesões. No entanto, quando o corpo dá sinais de que algo não está bem, é fundamental buscar atendimento médico como forma de prevenir o surgimento de um problema mais grave.

Nesses casos, o ortopedista auxilia na identificação de problemas que podem, até mesmo, incapacitar uma pessoa. Por isso, diante de alguns sintomas, como os listados a seguir, é hora de procurar esse especialista

  • - dores constantes nas costas;
  • - formigamentos;
  • - rigidez nas juntas, sobretudo pela manhã;
  • - sensação de calor nas articulações;
  • - cansaço excessivo;
  • - inchaço nas articulações.

Além disso, é importante prestar atenção em toda a estrutura corporal, e ficar atento para mudanças que afetam a locomoção ou causem desconforto permanente.

Infectologia: por que é importante para a manutenção da saúde?

quinta, 29 de abril de 2021

Doenças infecciosas, sejam elas agudas ou crônicas, são tratadas pela infectologia. Este é um ramo da medicina dedicado ao estudo, diagnóstico, prevenção de enfermidades que podem ser causadas por bactérias, fungos, vírus, protozoários e outros microorganismos capazes de causar danos ao organismo.

Portanto, a infectologia não se resume ao cuidado de um sistema ou órgão, mas da relação parasita-hospedeiro e dos mecanismos que levam à inflamação e à infecção. Assim como a análise da resistência microbiana e do uso adequado de antimicrobianos.

Ou seja, esta é uma área com foco além da doença, buscando compreender o paciente como um todo, inclusive de acordo com sua realidade social e epidemiológica. E por conta dessa abrangência, a atuação da infectologia se divide em quatro áreas principais

  • 1. Diagnóstico e tratamento de doenças infecciosas e parasitárias;
  • 2. Imunização;
  • 3. Aconselhamento de prescrição de antimicrobianos;
  • 4. Controle de infecção hospitalar (CCIH).

Uma vez que qualquer parte do corpo pode sofrer uma infecção, o infectologista é capaz de atuar em diferentes especialidades médicas para diagnóstico e tratamento das infecções, além de diferentes campos – hospitalar, ambulatorial, vigilância epidemiológica, gestão em saúde e imunizações, por exemplo.

Quais doenças são tratadas pela infectologia?

Em nosso organismo estão presentes diversos microorganismos, como fungos e bactérias, que não causam danos à saúde.

Contudo, possíveis alterações no sistema imunológico podem desencadear um aumento e alastramento desses organismos, que levam ao surgimento de doenças ou mesmo facilitam a entrada de outros agentes que causadores de problemas mais graves.

Tais doenças podem ser adquiridas quando há contato direto com o agente infeccioso, ou ainda por outras via como

  • água ou alimentos contaminados;
  • através da via respiratória;
  • por contato sexual;
  • por meio de ferimentos causados por animais.

Assim, as doenças infecciosas que são transmitidas entre pessoas são chamadas de doenças infectocontagiosas. A seguir, listamos alguns exemplos das principais doenças onde a infectologia é capaz de atuar com estudo, diagnóstico e tratamento

  • - infecção urinária;
  • - gripes;
  • - pneumonia;
  • - meningite;
  • - hepatites;
  • - doenças sexualmente transmissíveis como sífilis, HIV, HPV e outras;
  • - candidíase;
  • - herpes labial, genital e Zoster;
  • - dengue, malária, zika, chikungunya e febre amarela;
  • - leishmaniose;
  • - tuberculose;
  • - leptospirose e toxoplasmose;
  • - doença de chagas.

Além dessas, outras doenças causadas por parasitas e que podem ser transmissíveis também fazem parte da área de atuação da infectologia.

Como saber a hora de procurar um infectologista?

Algumas doenças, sobretudo as mais comuns como gripes e infecções, são comumente negligenciadas. Ou seja, a pessoa sente-se mal, mas não procura atendimento médico, o que pode tornar o quadro mais grave e dificultar o tratamento.

Por isso, é fundamental procurar um infectologista assim que houver suspeita de alguma infecção. Em geral, o primeiro sintoma é a febre, e ele serve como alerta para algo que não está certo no organismo.

Também há casos onde outros especialistas encaminham o paciente para o infectologista, quando o tratamento convencional para certas infecções não surte o resultado esperado, gerando complicações ou resistência ao medicamento antimicrobiano prescrito inicialmente.

Outro momento em que uma consulta com o médico infectologista pode ser recomendada é quando o paciente está com viagem programada para áreas endêmicas, onde há uma presença mais constante de doenças infecciosas. Nesse caso, são indicadas as vacinas ou outras medidas necessárias para prevenir a contaminação naquela localidade.

Portanto, o infectologista é também um especialista que auxilia na prevenção. Isso faz com que essa área médica seja de grande importância nos cuidados de manutenção da saúde, a partir da orientação sobre doenças infecciosas, como evitar o contato com os agentes e, sobretudo, como proceder em caso de infecção.

Cardiologia: por que a saúde do coração é tão importante?

quinta, 22 de abril de 2021

Cardiologia é a especialidade médica que trata das doenças relacionadas ao coração. Assim, o médico cardiologista é o responsável pelo acompanhamento do paciente, através do diagnóstico que combina análise clínica e solicitação de exames.

Nos dias atuais, onde as taxas de sedentarismo e obesidade têm crescido significativamente, a cardiologia atua não somente no tratamento de doenças cardíacas, mas principalmente, na prevenção delas.

Isso faz com que essa especialidade se torne essencial para a manutenção da saúde do corpo como um todo, uma vez que o coração é um órgão vital e influencia o funcionamento de várias partes do organismo.

Principais doenças tratadas pela cardiologia

A Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), aponta que as doenças cardiovasculares estão entre as principais causas de morte no país e representam mais de 30% dos óbitos registrados. Somente no ano de 2019, mais de 400 mil pessoas faleceram em decorrência de doenças do coração e de problemas circulatórios.

Infelizmente, muitos desses casos poderiam ter sido melhor tratados ou até mesmo evitados com prevenção e cuidados adequados.

Entre as doenças cardíacas mais comuns que a cardiologia trata, podemos citar

Hipertensão

A hipertensão está entre as doenças mais comuns tratadas pela cardiologia. Seu tratamento é de suma importância, uma vez que ela pode desencadear diversas consequências para a saúde. Suas causas podem ser genéticas, mas há fatores de risco que contribuem para o desenvolvimento da doença, como sedentarismo, obesidade, consumo em excesso de álcool, alimentos processados e sal, entre outros.

Arritmia cardíaca

A arritmia consiste num batimento cardíaco irregular e acelerado, que causa desconforto. Pode ser desencadeada por esforço intenso, ansiedade, situações de estresse, e também por problemas de anemia e alterações na tireoide. A cafeína em excesso e o uso de certos medicamentos também podem levar ao problema.

Infarto

Outra doença bastante comum que necessita de cuidados de um cardiologista está relacionada ao infarto agudo do miocárdio. Ele ocorre quando há um bloqueio de fluxo de sangue no coração por um tempo muito longo, que acaba danificando o músculo cardíaco.

Lembrando que o infarto está geralmente ligado a outra doença, a aterosclerose, que consiste no estreitamento e endurecimento das artérias do coração.

Como pode ser fatal, é imprescindível que, aos primeiros sinais, um atendimento de emergência deva ser solicitado.

Aterosclerose

Doença do coração que exige acompanhamento da cardiologia, a aterosclerose é conhecida como “endurecimento das artérias”. Costuma estar associada ao envelhecimento, mas bloqueios causados por colesterol alto e acúmulo de placas de gordura também podem causar o problema. Os principais fatores de risco incluem obesidade, sedentarismo, tabagismo e estresse.

Angina

Uma forte dor no peito provocada por isquemia (falta de oxigenação) é como se caracteriza angina. O problema pode aparecer quando o coração é submetido a esforço extremo. Os sintomas mais comuns são cansaço, falta de ar e arritmia. A angina merece total atenção, pois mostra predisposição do indivíduo a um ataque cardíaco.

Insuficiência cardíaca

Quando o coração perde a capacidade de bombear o sangue para o resto do corpo de forma normal, ocorre a insuficiência cardíaca. Pode afetar um ou dois lados do coração, tornando-se crônica.

Entre os sintomas mais comuns estão a fadiga, mesmo em repouso, inchaço de pernas e braços, ganho de peso, arritmia e palpitações. Contudo, é preciso estar alerta, pois pode ocorrer de uma pessoa com insuficiência cardíaca não apresentar sintomas.

Cardiomiopatia

O chamado "coração grande" trata-se da cardiomiopatia, que ocorre quando há uma inflamação no coração, que aumenta de tamanho. Consequentemente a esse aumento, há um estiramento do tecido cardíaco, que faz com que o coração perca força e pare de bombear o sangue na intensidade adequada, podendo levar a um ataque cardíaco.

Quando é hora de procurar um cardiologista?

A maioria das doenças cardíacas podem ser evitadas com hábitos de vida saudáveis e consultas de check-up a partir dos 35 anos de idade. Além disso, ao fazer acompanhamento de prevenção, o tratamento precoce evita o agravamento do quadro.

Contudo, histórico familiar e predisposição genética devem fazer com que a pessoa procure um cardiologista com maior antecedência.

Por isso, é fundamental estar atento aos principais sintomas, que são

  • - cansaço frequente, mesmo em repouso;
  • - pernas e pés inchados ao fim do dia;
  • - falta de ar com pequenos esforços, ou mesmo em repouso;
  • - dores no peito recorrentes, ou ainda em situações de tensão;
  • - batimentos cardíacos acelerados ou muito lentos;
  • - palpitações;
  • - desmaios;
  • - palidez.

Com a realização de exames de laboratório e imagem, é possível identificar facilmente a presença da maioria das doenças do coração. A cardiologia tem evoluído significativamente na área diagnóstica e nos tratamentos oferecidos.

Por isso, o cardiologista é um profissional de saúde de suma importância, pois os problemas relacionados ao coração podem comprometer o funcionamento de outros órgãos, afetam a saúde em geral.

O que é endoscopia e quais indicações do exame?

segunda, 12 de abril de 2021

Endoscopia digestiva alta ou simplesmente endoscopia é um exame indicado para o diagnóstico de diversas doenças, principalmente aquelas relacionadas ao sistema digestivo. Trata-se de um procedimento relativamente simples e rápido, que pode durar entre 5 e 20 minutos conforme a complexidade do caso.

Embora muitos pacientes tenham um certo receio, por conta da necessidade de sedação, a endoscopia é extremamente segura e necessária para analisar a mucosa de partes como estômago, esôfago e duodeno.

Geralmente, o encaminhamento para o exame é dado pelo gastroenterologista, especialmente quando há queixas por parte do paciente de dores na região do estômago e do intestino delgado.

Como é feita a endoscopia?

O exame de endoscopia é realizado por meio de um tubo flexível chamado endoscópio, que possui uma micro câmera por onde são captadas as imagens do sistema digestivo.

Antes de iniciar o procedimento, o paciente é anestesiado com sedativos intravenosos. Isso é necessário por conta das náuseas que podem ser causadas, atrapalhando o andamento do exame. 

Assim, o endoscópio é introduzido via oral, passando pelo esôfago e estômago, até o duodeno. As imagens capturadas são transmitidas para o aparelho de monitoramento em tempo real. Desse modo, algumas lesões podem, inclusive, ser tratadas na hora. Isso dispensa a necessidade de uma cirurgia futura.

Além disso, a endoscopia também serve para a realização de biópsias, onde a investigação do problema é feita posteriormente no laboratório.

É importante saber que para a realização do exame, o paciente deve manter uma dieta leve no dia anterior ao procedimento. Para realizar o exame, é necessário fazer uma dieta leve e não consumir alimentos difíceis de digerir, como carne vermelha.

Também é preciso que o estômago esteja totalmente vazio, para possibilitar uma visão completa dos órgãos. Para isso, deve ser feito jejum absoluto por, no mínimo, oito horas antes do exame.

Doenças que podem ser diagnosticadas

Quando uma endoscopia é solicitada, sua indicação serve para diagnosticar diversas doenças como

  • - gastrite;
  • - presença de tumores;
  • - esofagite;
  • - hérnia de hiato;
  • - presença de sangramentos;
  • - câncer de estômago em fase inicial.

Geralmente, o gastroenterologista solicita o exame quando o paciente relata os seguintes sintomas

  • - sensação de queimação no estômago;
  • - vômitos ou náuseas frequentes;
  • - vômito com sangue;
  • - refluxo;
  • - presença de fezes escuras;
  • - dores na parte superior do abdômen;
  • - anorexia ou perda de peso sem motivo aparente.

Lembrando que os sintomas não precisam aparecer ao mesmo tempo para que a endoscopia seja solicitada. Porém, o médico é quem saberá qual o caminho para o melhor diagnóstico e tratamento necessário.

Importância do diagnóstico precoce

Uma vez que a endoscopia é indicada para verificar a presença de tumores e outras doenças graves do sistema digestivo, vale ressaltar sua importância para um diagnóstico precoce.

Dessa forma, ao identificar um problema em fase inicial, o tratamento tende a ser muito mais satisfatório, com maiores chances de cura e recuperação.

Segurança e confiabilidade do procedimento

É bastante comum entre as pessoas terem receio com a possibilidade de passar por uma endoscopia. Durante muito tempo, as cânulas usadas para o exame eram desconfortáveis, mas atualmente a tecnologia já fez com que o procedimento evoluísse significativamente.

As cânulas utilizadas hoje são finíssimas e a sedação evita qualquer tipo de desconforto. Além disso, a anestesia aplicada é leve, durando somente o tempo necessário para a realização do procedimento.

Portanto, é possível afirmar que a endoscopia é um exame bastante seguro. Antes de inserir a cânula, um protetor de boca é colocado no paciente para evitar que o endoscópio seja mordido. Além disso, a oxigenação e a frequência cardíaca do paciente são monitoradas a todo tempo.

No entanto, é necessário que o paciente esteja acompanhado de um adulto no dia do exame. Devido à sedação, a sonolência logo após o efeito da anestesia passar pode causar alguma dificuldade de locomoção. Porém esta é uma sensação normal, e não deve ser vista como um fator dificultador para a realização da endoscopia.

Psicologia: conheça suas áreas de atuação.

quinta, 11 de março de 2021

A psicologia é uma área que se dedica ao estudo do comportamento humano. É uma ciência que busca compreender os processos mentais e as interações humanas em contraste com o espaço social. Pode ser aplicada de diversos modos e em distintos ambientes, como no campo social, educacional e trabalhista.

Uma das possibilidades da psicologia é aquela também desenvolve o atendimento em ambientes escolares. Desse modo, ela auxilia estudantes a se relacionar melhor com o espaço coletivo e a refletir sobre qual caminho profissional seguir.

Já a psicologia voltada à orientação profissional costuma beneficiar aqueles que têm dúvidas sobre a carreira, por meio do diálogo que destaque suas habilidades e interesses pessoais. É também uma área de atuação da psicologia que pode auxiliar pessoas em transição de carreira e objetivam novos horizontes profissionais.

Também é comum a atuação da psicologia no estímulo à relação entre as condições psicológicas das pessoas e o trabalho que executam. Ela pode ser empregada na avaliação profissional para processos de seleção e contratação. Mas, também é aplicada para garantir melhores condições laborais que permitam o bem-estar do trabalhador.

O que é psicologia clínica e como ela atua?

Nesse universo de abrangência, a psicologia clínica diz respeito ao estudo de transtornos mentais ou de como questões emocionais incidem sobre outras doenças. O seu objetivo é encontrar soluções que estejam alicerçadas no bem-estar humano e no seu desenvolvimento mental e social.

A área também aponta algumas diferenciações quanto ao atendimento de grupos e indivíduos. O aconselhamento terapêutico e a psicoterapia, por exemplo, são processos semelhantes e que muitas vezes se completam.

Porém, existem algumas diferenças, como a brevidade do aconselhamento terapêutico em detrimento da profundidade a que a psicoterapia se reserva. O aconselhamento, em geral, está relacionado mais à prevenção do que ao tratamento, enquanto a psicoterapia se dedica a uma escuta mais reflexiva e mais integral.

A psicoterapia é um processo voltado para a escuta do indivíduo, mas também pode ser realizada em grupos. Seu objetivo é construir formas de lidar com as emoções ou mesmo com o estresse a que estamos submetidos, seja no ambiente de trabalho, familiar ou em qualquer situação encontrada no cotidiano.

Como a psicologia clínica pode auxiliar na superação de transtornos mentais e outras dificuldades emocionais?

No Brasil, uma em cada três pessoas já apresentaram sinais de algum transtorno mental. Os mais comuns, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), são a depressão e o Transtorno de Ansiedade (TAG). A informação demonstra a importância da psicologia clínica, indicada não apenas a quem sofre de algum transtorno mental, mas para todas as pessoas que buscam conhecer melhor a si mesmas.

Nesse sentido, a psicologia clínica pode auxiliar na travessia de momentos difíceis, como luto, separações ou mudanças bruscas, que levam ao surgimento do Transtorno do estresse pós-traumático, por exemplo.

Também é uma prática sugerida para que o indivíduo desenvolva relações mais saudáveis em seu convívio. Em geral, ela se desenvolve no diálogo e na escuta entre o consulente e o psicoterapeuta ao longo de sessões.

Essa abordagem contribui para o cuidado com a saúde mental, especialmente em casos como a Síndrome do Impostor, que pode atrapalhar as relações profissionais. Também no tratamento de transtornos alimentares, como bulimia e anorexia, é fundamental ter um acompanhamento psicoterapêutico.

Muitas vezes, tais doenças e síndromes são banalizadas, prejudicando a saúde física e o convívio social do indivíduo. Por isso, ter atenção com a saúde mental está diretamente relacionado com o autocuidado e a prevenção de outras doenças graves.

Importância da psicologia clínica no atual contexto mundial

A crise sanitária enfrentada por conta da pandemia de Covid-19 tem afetado a vida das pessoas drasticamente. É natural que nossas preocupações aumentem. As mudanças bruscas no convívio, as alterações no ambiente de trabalho e o isolamento social podem abalar nossa saúde mental, provocando mudanças de humor, estresse, ansiedade ou depressão.

Por isso, é importante olhar para si mesmo e para a saúde do seu corpo de forma integral, considerando fatores físico, mentais e emocionais. Perceber as mudanças no próprio comportamento, estar aberto ao diálogo e procurar ajuda profissional são iniciativas que podem fortalecer todas as pessoas nesse momento de dificuldade coletiva.

Buscar auxílio psicológico é um exercício de maturidade e de conhecimento de nossos próprios limites. Desvendar nossas dificuldades e conversar sobre elas é um caminho inteligente para uma melhor qualidade de vida e um convívio mais harmônico com ambiente que nos cerca.

O cuidado com a saúde mental é uma parte importante para a saúde integral do ser humano. A psicologia clínica pode ajudar você a melhorar sua qualidade de vida!